SEM O AMOR, NÃO SE É FELIZ

À medida que o tempo avança, o “Ser” de cada um, embrenha-se num emaranhado de teia, que mais parece não ter começo nem fim.

Hoje em dia a humanidade paga um preço bem mais alto, por tudo que o próprio homem no afã de encontrar o que parece melhor para si mesmo, acaba por desviar a conduta traçada inicialmente para o grupo, como meta natural da raça humana.

Apenas para lembrar, transcrevo algumas dessas preocupações: os inter-relacionamentos entre indivíduos ficam a cada dia, mais escassos; “a amizade entre os homens tornou-se um ponto de inquietação”; a competitividade torna-se a cada instante arraigada entre os seres humanos; “em vez da noção de comunidade e da sensação de fazer parte de um grupo, encontramos um alto grau de solidão e perda de laços afetivos”.

Por tudo isso as pessoas vêm se tornando arredias e, pouco a pouco vão delimitando seu pequeno e impenetrável mundo.

As crianças que nascem desses pais, logo aprendem o limite de sua caverna; com isso, no decorrer da vida, não conseguem alcançar o feixe e a fonte de luz que lhes fazem projetar através de seus corpos, as imagens refletidas nas paredes de suas mentes, e por eles admiradas, como em “a caverna de Platão”; só que hoje, concebidas num mundo da tecnologia insensível e devastadora do cerne pensante da pessoa humana.

Alguém certa vez falou: “o amor flui, flui em todos como rio invisível”. Logo este parece ser o caminho. Condições “sine qua non” para redirecionar o homem ao caminho que lhe fora traçado, sem desvios. Essencial na condução da vida, com dignidade e com muito amor, primeiramente por si e seguidamente aos outros, como se a si mesmo fosse.

O verdadeiro amor só ocorrerá se aprendermos a valorizar e a respeitar os valores, inerente a cada indivíduo humano na sua integralidade.

E convenhamos: é bem mais fácil aprendermos a amar do que aprendermos a odiar.

Rio, 27/03/2010

Feitosa dos Santos