ACREDITE SE QUISER

Depois que falei do menino corso, lembrei de outro aluninho, também loirinho de olhos azuis, que veio pequeno da França, ainda no primário. Levei quase um mês para pronunciar o seu nome. Eu perguntava, ele dizia Tugdual, e eu não conseguia repetir. Lembre-se de que os ‘us’ em francês não têm o mesmo som que os nossos, precisamos fazer biquinho... além do L que deve ser dito com a língua tocando os incisivos superiores. (Experimente!)

Fora isso, tinha o sobrenome dele: Belbéoc´h!

Seu pai, meu colega professor de Biologia, era chamado por todo mundo de ‘Belbeóc’, já que o H é mudo. Ele contou que vieram da Bretanha, por isso tinham aqueles nomes esquisitos. Só ele não, era ‘Brrunô’.

Tugdual não ficou muito tempo por aqui, os pais se separaram e ele foi embora com a mãe.

Brunô ainda permaneceu uns bons anos no Brasil. Acabou se casando com a colega Farida Andriamanalina (‘Farridá Andriamanaliná).

Hoje eles vivem na Ilha da Reunião, felizes com a netinha, filha do filho da Faridá, chamada Oceaniá...