Mulher, Viver o amor na integridade do seu infinito significado, É TUDO!

Já ouvi EU TE AMO tantas vezes, nem sei quantas foram... centenas... milhares... infinitos...

Se for contar desde que nasci, posso dizer que sou realmente abençoada.

Amor de pai, de mãe, de namorado, de filhos, de irmã, de amigos, de marido...

EU TE AMO, três palavras que juntas formam, transformam, transpassam os limites da sensibilidade e penetram na alma, formando uma personalidade receptiva ao amor, amável, eu diria.

Sou amável então!

Que minha família me ama, eu sei.

Que outras pessoas que cruzaram minha vida me amam, também sei...

Em família nós amamos incondicionalmente.

Pelo menos é o normal em uma família que por mais que existam as “diferenças”, e elas existem. O amor predomina, e a fraternidade fala mais alto.

Na trajetória da vida descobrimos outros tipos de amor.

O amor entre amigos, tão saudável e necessário.

Existe em tudo isso um, porém...

O amor entre homem x mulher, tão essencial e tão complicado.

Nesse caso, saber-se amada é uma coisa, sentir-se amada é outra.

Um espaço imenso para a angústia deitar e rolar com nossa cara!

Nós que muitas vezes nos achamos vividas, experientes, cansadas de ouvir o tal de “eu te amo”, que acabamos nem levando mais em consideração, porque, saem da mente do conquistador pra fora, não do coração.

Ou aquele “eu ainda te amo” de um ex-qualquer coisa, que só nos causa indiferença.

É!

In-di-fe-ren-ça!

Porque o contrário do amor é a indiferença.

Vamos percebendo que não somos mais tão receptivas ao amor com o passar do tempo.

As decepções, os sonhos desfeitos, as entregas significativas em endereços errados, vão deixando marcas, cicatrizes, a certeza (uma auto-proteção), de que não é isso que queremos para nossas vidas.

Desistimos de amar.

Será??

Entramos na fase do meio-tempo.

Aquela fase de independência e auto-suficiência.

Agora vai tudo muito bem!?!? Obrigada.

Sucesso no trabalho.

Novos projetos, portas se abrindo...

Liberdade de ir e vir sem ter que justificar nada para ninguém, só fazer acontecer.

Passa um tempo, e vários troféus na estante.

Aplausos e reconhecimento pelo trabalho e pela competência.

Muito bem!

Pessoas que bajulam, essas nunca faltam.

Outras que querem carona então!!! Vivem nos cercando.

Vamos vivendo...

Mas sentimos, mesmo sem querer reconhecer, que existe uma lacuna a ser preenchida.

O mundo globalizado e competitivo impõe que nos destaquemos, a sociedade e a própria família nos cobra realizações.

O mais difícil é encarar as sutis cobranças familiares, essas pegam.

Querem tanto nosso bem, que acabam esquecendo que o que é bom para nós, como indivíduos não é mais o que eles achavam que era bom para nós quando idealizaram nosso futuro.

Até planejaram por nós! Afinal, fazemos parte do mesmo clã.

Todos bem sucedidos, o ideal familiar!

Peraí!!!!

Vai tudo muito bem mesmo?

Pausa.

Começamos a voltar ao status quo, a natureza que recebemos ao nascer.

Consciência.

Aquela que nos faz reconhecer que não nascemos para viver só.

Podemos ser campeãs, independentes, mas somos mulheres!

Uma mulher precisa de proteção, por mais que saiba se defender muito bem.

Falo da proteção como o esteio emocional da natureza feminina.

O braço forte, um companheiro que tem interesse real na sua vida, que zela pela sua felicidade, que se preocupa quando as coisas não estão dando certo, que sugere caminhos para melhorar, que coloca-se a postos para ouvir suas dúvidas e que dá uma sacudida em você, caso você esteja delirando. "Não seja tão severa consigo mesma, relaxe um pouco”.

Ai nos conscientizamos que dizer EU TE AMO, não diz tudo.

Precisamos de um homem que além de dizer que nos ama, seja nosso refúgio e fortaleza.

Que perdoe e entenda que temos fraquezas.

Aquele que nos faz sentir que somos aceitas, bem-vindas, que ao seu lado podemos ser inteiras.

Que ao seu lado, parte de nós não precise ser encoberta, assunto nenhum proibido, tudo pode ser dito e compreendido.

Queremos um homem que possamos aconchega-lo em nossos braços carinhosos e dizer:

Vem cá, você está triste? Algo deu errado, me conta, ou então, não conta... (homem é mais complicado quando tenta desabafar...), então, vamos lá, com a sutileza feminina:

-"Lembra que quando eu passei por isso você disse que eu precisava manter a calma? Disse que tudo se resolveria com o tempo! Então, chegou sua vez de simplificar as coisas. Vem aqui, tira este sapato."

Chega mais... A situação é bem mais simples do que você está vendo, olha por esse ângulo... Vai dar tudo certo! Já deu amor! Perceba!

Sinta-se amado meu amor! Seja exatamente como você é, assim como você me aceita exatamente como eu sou.

Esse é o amor maduro, livre das amarras do passado.

Liberdade para amar novamente!

Só alcançamos esse amor que completa e preenche aquela lacuna que percebemos estar aberta, quando as conquistas individuais não forem mais tão importantes se não tivermos com quem dividir, compartilhar... sorrir e chorar.

Percebeu que só dizer ou ouvir “EU TE AMO” não diz tudo?

Viver o amor na integridade do seu infinito significado, É TUDO!

http://jussarabarbosa.blogspot.com/

JUSSARA BARBOSA
Enviado por JUSSARA BARBOSA em 06/04/2010
Reeditado em 20/04/2015
Código do texto: T2179710
Classificação de conteúdo: seguro
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