JUREI-TE DE MORTE !
 

Sim, não te suportava mais. Tua simples presença já era motivo suficiente pra me causar enjôos e ira. Quando tu me assediavas
e encostavas tuas patas em minha pele, a repugnância e a injuria se instalavam em mim. Vinha lá dentro de mim o mais profundo asco e um desejo imoral de te matar.

Flagrei-me  premeditando a hora
e a forma de acabar com tua raça! Constatei de forma cruel que havia uma vil assassina dentro de mim e nada pude fazer pra mudar. E tu? Tu continuavas passando por mim com teu habitual escárnio, tua habitual puerilidade. Me parecia um deboche ou sarcasmo!
Oh! Tu nem sabes o quanto te odiei todas aquelas vezes que te encontrei!

Havia chegado o momento tão esperado e constatei, 
de forma totalmente estranha para mim, que consolidaria o prazer de ver teu sangue jorrando. Eu estava tremendo de febre há dias por tua causa e, cheia de ódio , alimentava o desejo de acabar com tua vida.

Naquele instante que passaste por mim novamente, f
azendo aquele teu insuportável gracejo que parecia zombar de mim...
Oh! fúria incontrolável! 
Veio a tona uma explosão de raiva contida da humilhação e do nojo que me causavas!
Fiquei cega e, num ímpeto,
golpeei-te com força e com as duas mãos.
Sei que não és tão grande assim,  és até miúdo e insignificante. Mas meu golpe foi pra matar um elefante
E ...te esmaguei! Sim, te esmaguei!!
Que prazer ao ver teu sangue em minhas mãos. Vinguei-me de ti,  mosquito miserável!
Vinguei-me de ti!
Não passarás DENGUE a mais ninguém!