Os sabores do amor

Todos amores têm um gosto. Alguns são amargos, outros ácidos demais. Há ainda os que dão um nó na boca (do estômago, por sinal). Amores com gostos suaves, fortes, amores doces. Durante nossas vidas experimentamos amores de diversos sabores e acredito que ao lerem essa crônica poderão identificar o sabor que cada um teve nas suas vidas.

Têm amores que nos lembram chocolate. São doces ... viciam, é quase impossível resistir, no entanto, se abusamos da dose ...é uma complicação. Provocam dores, dissabores e demoramos um tempo até nos acostumarmos a ficar sem.

Já tive um amor com gosto de café. Viciei. Perdi noites de sono, passei os dias agitada. O coração batia de forma mais acelerada e tenho que confessar: estou tentando me livrar do vício até hoje.

Sinto por aqueles que têm um amor sabor jiló. Deve ser difícil de engolir. No prato da vida, com inúmeros sabores para se degustar, aparece o jilozinho pra amargar sua alegria. E infelizmente tem quem gosta de jiló. Aliás, dizem que faz bem. Mas será que também faz bem um amor assim, tão amargo? Humm ... respondam vocês.

Amores cítricos, com gosto de limão. Só de pensar dá água na boca, mas quando, realmente, se experimenta ... impossível não fazer careta. A sensação será ainda pior se esse amor for excessivo, pois poderá causar uma gastrite e ulcerar a alma.

Independente do sabor, todos têm o seu. Pode ser doce, amargo, ácido ... forte, suave, marcante. Todo sabor deixa uma marca vibrante dentro de nossos corações. Puxamos na memória e sentimos o gosto do passado (meio surrado, mas real).

Decidi escrever esta crônica depois de ter experimentado um amor sabor de mel. É gostoso e faz bem à saúde (ao ego), mas... acredito que saibam o que o excesso pode causar. Por isso, amigos, saibam dosar o seu amor, pois nessa conversa de sabores, se não houver medida vamos apenas sentir o sabor da desilusão.