Dança divina
Esther Ribeiro Gomes
A música enleva a alma e a dança nos conduz a um voo rasante no infinito dos sonhos...
Dois corpos enlaçados a rodopiar pelo salão e a alma voando de emoção!
Sempre fui apaixonada pela dança, embalada por uma música gostosa.
A dança exercita o corpo e massageia a alma... É pura magia!
Os parceiros se entregam na sintonia de olhos nos olhos, no sincronismo perfeito da leveza dos passos.
Não pode haver resistência, há que se deixar levar...
Exige atenção à música e entrega total ao parceiro. É fascinante!
Houve uma época em que fazia dança de salão e pretendo voltar em breve.
Concilia-se a delícia da dança com o exercício físico para quem, como eu, detesta uma academia...
E de sobra, ainda faz bem ao espírito!
Ainda me lembro dos bailes da minha juventude, ao som da orquestra ao vivo.
Eu disfarçava a emoção quando via aquele rapazinho tímido atravessar o imenso salão e vir me tirar para dançar.
À vezes, depois de um longo e inocente flerte...
Ficava muito chateada quando alguma amiga dava ‘tábua’ no pretendente que tinha se aventurado a pedir uma dança e ia embora desapontado, na frente de todos!
Desagradável também era levar ‘chá de cadeira’, ou seja, ficar a noite inteira sentada e não receber um convite para dançar!
Fazia parte das coisas gostosas da juventude...
Havia também os famosos ‘pés de chumbo’, que pisavam no pé e todo mundo fugia.
E os disputados ‘pés de valsa’, galantes e sedutores, os preferidos das meninas.
Era difícil conseguir uma dança com eles. Nem todos dançavam bem.
Bons tempos que deixaram saudades... É tão bom relembrar!
A dança é divina! Por isso, dancem muito, dancem enquanto é tempo, antes que a amargura tome conta da alma.
Sintam a magia que é dançar ao som de uma boa música...
Dancem com o amado, com o namorado, um amigo, dancem sozinhos no meio da sala, mas dancem!
Dançar rejuvenesce, faz bem ao coração e traz uma grande emoção!