UM OLHAR NO MODO DE VIDA PARISIENSE

UM OLHAR NO MODO DE VIDA PARISIENSE

FlavioMPinto

Confesso que não vi gordos em Paris! Os parisienses são mais esbeltos que a maioria dos brasileiros, elegantes. Sóbrios.

Será que todos seguem a mesma dieta?

Ou tem na genética a capacidade de não engordar?

De qualquer forma, observamos alguns fatores que podem definir essa situação.

Em primeiro lugar, o parisiense bebe muita água. Em qualquer bar, restaurante e mesmo em casa, o primeiro item na mesa é uma garrafa dágua na temperatura ambiente, natural. O consumo é grande e a qualidade do líquido completa o prazer à mesa. Água pura e saudável, fartamente servida. Tão logo se esvazia uma garrafa, vem outra, imediatamente. Sabe-se, que a água, é um alimento termogênico auxiliando na temperatura interna do organismo e emagrecimento.

O segundo aspecto interessante é o consumo de pão. Ah, não falta pão nas refeições parisienses. Não esse pão cheio de bromatos que ingerimos no Brasil. E sim um pão saudável sem as gorduras inadequadas adicionadas para deixá-los maiores e mais bonitos. O pão francês é de casca mais dura e massudo, mais difícil de ser partido, mas não menos agradável de ser mastigado. Possui um sabor delicado, ótimo ao paladar. Ao sentarmos numa mesa num restaurante, lá vem uma cestinha com pão. Dos mais diversos tipos. Compõem o bolo alimentar. E sempre se vê um francês comendo um baguete perto do almoço. E caminhando.

Acompanha tudo isso, além da refeição, o vinho, velho companheiro inseparável da refeição francesa. Eles produzem os melhores vinhos do mundo e não os dispensam.

Já está mais do que provado a eficiência do vinho na saúde, particularmente o tinto. Ele é um complemento alimentar poderoso, antioxidante eficaz, atuante na prevenção de doenças cardiovasculares, na diminuição do colesterol e na capacidade de retardar o envelhecimento celular e orgânico.

Depois disso, nada mais salutar do que caminhar. E como anda o parisiense! Mesmo com um exemplar metrô que escorre para todo lado, os deslocamentos para chegar a ele, são muitos. Andam muito e sobem escadas como ninguém. Daqui uma observação: poucos são os elevadores em Paris. Prédios antigos , tombados pelo patrimônio e a impossibilidade de modificações não permitem modernidades e dale escadarias. Os prédios são, na sua imensa maioria, de seis ou sete andares sem elevador. Alguns, como as grandes lojas de departamentos como nas Galerias Lafayette, possuem escadas rolantes. Ajam pernas, aja disposição, que enfrentam com galhardia. As escadas para chegar aos monumentos históricos, principalmente os castelos no interior do país, são um caso á parte.

Tudo isso amplifica o combate aos deliciosos molhos cremosos e gordurosos da reconhecida culinária francesa.

Daí...