Morram...

Caros e caras

               Por princípio e/ou por generosa piedade, deixo a disposição dois ou três tipos (ou seriam quatro?) de “morte” que, certamente, escolherão as almas sensíveis dos amigos e amigas recantistas que por aqui passarem.
              Pode “morrer de alegria” porque quando se sabe que os amigos estão felizes, nosso coração se enche de alegria e a morte assim deve ser leve feito nuvem, feito sonho.
           Se preferir, pode morrer de inveja (inveja boa, claro) porque quando amigos estão juntos quem não pode estar perto fica com um gostinho na boca, uma vontade incontida, um suspirar de “quem dera eu estivesse lá!”
          Quem sabe escolhe “morrer” de tristeza por ter perdido de viver, de usufruir do clima de alegria explicita, de encanto, de reconhecimento de afinidades que se somam, da boa prosa que animou cada sorriso ali presente.
            Mas, é possível que “morra” mesmo é de saudade do abraço que ainda não deu, da energia boa do sorriso, do brilho no olho pelo encontro, da troca de figurinha, do sentimento bom que afaga nossa alma quando algo assim acontece e a gente ousa ter saudade até do que ainda vai viver.
            Pois é. Sabe aquele acontecimento que foi acaso, mas se tivesse sido planejado não seria melhor? Assim foi estar presente no aniversário de Maria Iaci, nossa querida cronista de Brasília.
           Como sou alguém de carne e osso e não um personagem, emociono-me com as manifestações genuínas de afeto e de amizade que desde que entrei aqui, no Recanto, tive/tenho o privilégio de receber. Em minhas andanças, já conheci pessoas encantadoras que aqui publicam e foi muito bom sair do virtual para o real.
            Desde que li os textos da Maria Iaci fiquei fã da boa escrita, da postura séria, inteligente, do humor refinado, da lucidez e clareza dos argumentos. Os comentários de Maria são também literatura. Nada é banal, nada fica sem resposta.                    Pessoalmente, é um doce!Risonha, atenta e carinhosa, me fez sentir, de verdade, que estava entre amigos.
             Adorei cada minuto ao seu lado!Mais ainda quando relembramos de Cássia Eller, outra brasiliense maravilhosa, amiga de Maria e legitima representante de uma geração que fez opção por pautar a busca da felicidade como meta de vida.
Participar do aniversário dela foi um presente. Conheci mais dois recantistas: o   Alexandre Meneses e o Wilson Pereira e QUASE conheci a Nena Medeiros, que fez uma aparição de cometa e se foi antes que eu chegasse. Foi uma noite muito agradável e inusitada pois boa parte dos amigos de Maria são seus personagens nas crônicas fantásticas que ela escreve e publica.Imaginam o que é “tropeçar” num personagem? Adorei REencontrá-los!
              Bem humorado e inteligente, o senhor Wilson é o charme em pessoa.Brincando sobre sua barba grisalha lembrei Affonso Romano de Sant’Ana: “Não se pode confiar num homem sem barba...” no que ele concordou:-" ele tem razão!” Mas lembro a ele que o mesmo Affonso arrematou: “Por outro lado, o homem de barba parece sempre esconder alguma coisa...” Será, Wilson?
             Alexandre, de sorriso metálico encantador, alardeou aos quatro ventos sua timidez (sabe que nem notei Alex?) mas quem sabe é isso que o torna um exímio observador da alma humana.Descobrimos gostos de leitura parecidos, amigos recantistas comuns .Lembrei que já havia lido dele um poema para a querida Tânia Meneses e aí já fiquei fã!
             O aniversário de Maria Iaci foi mesmo um momento ímpar. Posso dizer que estar em Brasília á trabalho, dessa vez, virou festa. Para essa pessoa tão querida de todos e todas nós, meu agradecimento pelo convite para estar num momento tão especial de sua vida e, cá entre nós, a cada lugar que minhas asas me levarem, eu é que MORRREI de vontade que outros encontros assim aconteçam.
Aqui, um pouquinho do que meus olhos viram e o meu coração divide com vocês.
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             Boa morte a todas e todos!