Quando criança na minha querida cidade de São Sebastião, litoral norte paulista, era comum ouvirmos algumas pessoas mais idosas, quando se referindo a alguém que julgavam bem de vida, dizer:
- Fulano (a) está muito bem de vida, pois ganhou na loteria quando se casou com cicrano (a).
- Aquele (a) cidadão (ã) deve ser muito rico (a), pois gordo (a) do jeito que é não deve passar fome e nenhum tipo de necessidade.
- Quem tem dinheiro guardado, carro, casa, barcos ou um estabelecimento comercial próprio, está com tudo e não precisa de mais nada pra viver.
- Vocês crianças, devem aprender a economizar e guardar desde cedo, para quando crescerem não precisarem dos outros.
Desta forma crescemos com as informações sobre o que é “como viver bem” segundo aqueles anciões. A meu ver hoje em dia, muitas vezes aquelas afirmações eram totalmente distorcidas.
Achávamos que as pessoas ricas eram aquelas que tinham muitos bens materiais, aqueles cidadãos carecas que se apresentavam bem vestidos, com seus ternos de linho engomados, etc.
No entanto, hoje, graças a Deus melhor informado e esclarecido vejo o quanto estávamos errados quanto ao conceito de ser bem de vida ou saber viver bem.
Salvo melhor juízo, para este poeta viver bem é dispor de boa saúde, ter uma profissão digna, estabilidade no emprego que seja compatível com a vocação e especialidade, ter uma família e um lar bem constituído cheio de amor, alegria e paz. Ter também um pouco de conforto material, é claro, muita fé em Deus e orientação moral e espiritual.
Tendo também o sentimento da caridade no coração para com os irmãos menos favorecidos me parece que nos ajuda tornando-nos uma grande e generosa alma.
Enfim, penso cá comigo que isso é o que podemos considerar “viver bem”.




Nota deste autor:
A foto ilustrrativa eu inseri hoje no texto e trata--se da minha filha amada CYNTHIA HARUMI. GUARULHOS, 21-07--2019.