Mamãe, eu de novo

MAMÃE, EU DE NOVO

A chuva se vai mais sempre nos deixa respingos de esperança tal como a sombra que só se propaga onde exista a luz e assim, vejam, admitam que assim como a lógica, a ciência ou até mesmo as cores agem em nossos espíritos como se fossem experiências freqüentes... Agora, eu vejo acontecimentos que serão verdadeiros em minutos seguintes. Bom ou mal? Quando deixamos de ter o controle sobre o que é real ou não, ficamos ensandecidos e quando nada conseguimos entender, como ficamos?

Eu não sei! Jamais previ tais situações, assim como lidar com fatos os quais respeito e me assustam pela precisão e exatidão de como acontecem... Mais uma vez é dia das mães e isso me deixa sem ar, sem o teu cheiro e as tuas mãos para afagar os meus cabelos e frear sempre quando tinha vontade de dizer o quanto me amavas... Tu que demonstrou durante toda a vida o quanto nos éramos felizes, o quão intensamente nos amávamos, eu não consigo imaginar melhor relação entre mãe e filho como a nossa. Todavia, não mais te vejo ou sinto senão em meus sonhos. Mãe querida eu sei que mesmo tu tendo partido ainda assim continuas comigo, porque és o meu melhor sonho, o mais perfeito despertar e vives em mim assim como eu te busco mesmo onde não exista nada...

Mamãe, eu sei que já escrevi coisas lindas para ti que até eu mesmo me admirei de tanta sensibilidade poética mais eu sobrevivo penosamente como sabes e, embora tenha recebido de Deus dotes especiais e aqui nada têm mudado daquela nossa vidinha calma só eu que não sou mais o mesmo. Fiz três aniversários sem bolo confeitado e este ano devo completar a melhor idade e gostaria de te perguntar se ainda me resta algo assim parecido com a felicidade? Talvez tu não me queiras responder mãe querida mais eu posso te dizer que choro todas as manhãs desde aquela que tu me deixastes e quero uma vez mais te dizer que eu nunca vou deixar de te amar.

Feliz dia das mães dona Maria Cristina