...VERDADEIRAMENTE FICCIONAL...

Tudo parece começar quando muitas coisas se acabam. Fim de semana onde os dias não se encerraram quando a noite ou o sol apareceram, e tudo está ainda com um certo ar de eterno. Eu estou com meus óculos que protegem contra os raios ultravioletas, apenas por precaução e proteção contra comentários asquerosos por consequência dos olhos vermelhos, não que eu não tenha usado das minhas asas para voar nestes dias, apenas que não é necessário atear mais fogo ainda na fogueira da curiosidade. Ela diz que ainda me vê nos CDs que ela gosta de ouvir. Eu bebo na fonte do esquecimento para evitar me constrangir. Já não me interesso da bebida que ela dissolve em cubos de gelo quando retorna de dias ruins, prefiro a suave tintura de sabores mais macios. Ambos saltamos dos mais diversos precipícios para tentar se livrar da aparente loucura que parece estar ao redor quando nos vemos, o único problema é que sempre fazemos isso de mãos dadas. Em vez de orar eu tento uma canção que possa me aproximar da redenção. No lugar do perdão eu tento um poema que possivelmente não me envergonhe. O domingo já se encerrou quando a porta da sala se fechou, mas a vida está sempre recomeçando pois eu acredito nos sonhos, neles eu sempre acabo me vestindo com as cores da melhor VIDA que eu possa ter.

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