Imagem: A Morte de Sócrates - Jaques-Louis David
Música: Sinfonia 5 - Beethoven


O que é a verdade?


 

O ser humano, em sua busca incessante, procura uma definição, um conceito e uma explicação para tudo. O amor e a verdade ocupam o topo das discussões em todos os campos das atividades intelectuais humanas. O amor é um sentimento, cada pessoa possui uma sensibilidade própria de amar e de conceituar. A verdade é um valor humano dentro de uma grande escala valores.

Como de costume, iniciamos o estudo de algo pela origem e o significado da palavra. Quase sempre buscamos a sua origem nos idiomas da Grécia e da Roma antiga, berço de nossas civilizações. Tão abrangente quanto à verdade é a origem da palavra. Verdade vem do Grego aletheia, cujo significado, o não oculto, o que se manifesta aos olhos do corpo e do espírito. Do Latim, veritas, que refere à exatidão de um relato ou de um fato. E por final, do Hebraico emunah, significando confiança.   Portanto, Aletheia é presente, veritas é passado e emunah é futuro.

A verdade, como a origem da palavra, está em todos os tempos e lugares, ela é relativa e absoluta, é a mais humana dentre todos os valores. Na filosofia, a metafísica se ocupa da origem da verdade; a lógica, na manutenção e a epistemologia, no conhecimento da mesma. Dada a sua vastidão, ela dita regras no mundo religioso, militar, político e econômico. Ela é um instrumento usado sem deturpação e com clareza pelos grandes homens da história da humanidade, cujas obras pertencem a todos e o tempo não as aniquilam. Usada, também, de forma travestida, pelos hipócritas de plantão, que constroem obras em beneficio próprio e essas o tempo se encarregam de sepultá-las precocemente.

Costuma-se dividir a verdade em relativa e absoluta. A relativa pertence aos homens comuns e está sujeita à ação tempo e do lugar. Ela pode ser individual ou coletiva, real ou abstrata, acadêmica ou popular. O oposto da verdade relativa é a mentira, que dependendo da persuasão, passa a funcionar como uma verdade vil e de vida efêmera. Existe, também, a verdade distorcida, manipulada e apresentada com rótulo de genuína para ludibriar a confiança.

A outra, chamada de absoluta, aliás, absoluta não representa a sua grandeza. O absoluto é totalitário, autoritário e essa verdade representa a liberdade como Cristo nos ensinou em João 8-32: “Conhecereis a verdade e a verdade vos libertara”. A sua melhor denominação é verdade universal. Ela é como a luz do sol, não tem dono e está à disposição de todos. Por ser universal ela é imutável, vale para todos em qualquer tempo e lugar. A luz do sol ilumina os olhos e aquece o corpo, a verdade universal ilumina a alma e alimenta a mente humana. Assim como a luz do sol depende da sensibilidade do olho, a verdade universal depende da sensibilidade da alma e da mente humana. Uma mente e uma alma opaca são insensíveis a essa verdade. Quando turva, pouco raio da verdade adentra a mente e a alma. Por outro lado, uma alma e uma mente cristalina absorvem a totalidade da verdade universal.

Enquanto existirem seres humanos, existirá a busca pela verdade, seja ela relativa ou universal. Quanto mais evoluído for o ser humano, mais distante estará das verdades relativas e próximo ele ficará das verdades universais.


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