Duo...

Perder... O que se ganha em procurar?... Acha-se... Vibra-se e tudo muda de lugar.
Duplamente...  O que se enxerga ao amanhecer?... Acorda-se... Ama-se e põe o dia em espetáculo... Perde-se a noite, portanto... Ou agrega-se mais um ponto?... Ponto.
A vida é um grande espetáculo... Sempre a vi dessa maneira...  Um dia atrás do outro... Expectativas... Movimento... Atitudes... Envelhecimento e a única certeza: uma transição para outra forma de energia...  Tudo o que se pega emprestado, tem de ser devolvido... Que seja até a morte, como diriam alguns.
Mas, o fato é que tudo é um dueto... Diálogo... Ditongo... Discurso... Divisão... Dissimulação... Ditos e Ritos... (Chega de "des"...!).
E se pensar em Caos... Em Verdade... Em coisas... Em vontades... Em norma? "regra constituitiva de uma prática"...
E quando as práticas dos dias mudam de lugar?...  Penso e fico... Nem existo...?
Tangenciados os volumes, podemos colher a medida exata... Um início e um fim... (Não necessariamente nessa ordem...).
Se justifico ou deixo verdadeiro... Nada importa de fato nessa distinção... Somos sementes de mudanças... Lançamos até a língua em outra direção.
Fatos que encadeiam atos... Ou atos que são encadeados por construções de vontades... Que importam tantas frases!
Descubro a face... Deixo o acaso ser o dono da situação... Não posso conter a corrente dos rios... Mudar o rumo do cio... Então, fico paciente... (Paciente lembra doente... Ou cura?.. Fica pra depois esse ramo...)
O que de fato é paciência? Acomodação ou esperteza?...  Tem gente que olha a batalha de longe... Aguardando as migalhas que sobram. Outros enfrentam a guerra... Morrem em batalha final ou inicial... (Estratégias... Pensar nisso, revira-me o estômago... Ou aprendo a usá-las como antiacido... Dependendo da questão?)
Perguntas movem respostas... Movem montanhas... Ou outras perguntas.
E... A questão, nunca inteira, fragmenta-se em um grupo de mentes faladeiras. Assim a construção cultural do que é dito norma... Tortas... De maçãs-alvos para várias flechas.
E a prosa ganha o rumo do desconhecido... O perdido vulto do querer saber...
Tenho a impressão que os pesadelos avisam ao cérebro que esse precisa manter-se vivo.. E que acordada preciso de alguns para a mesma função...


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