Com rumo sem planos I

BR, carros transitando, um bar, um garoto parado e inquieto, com cara de cansaço. O primeiro ônibus que passou ele subiu, vestia uma camisa preta, por cima uma xadrez, em baixo uma calça jeans com uma bota normal também. Paga a passagem e se põe a dormir na ultima poltrona, cara de cansaço.

Primeira parada, um restaurante extremamente limpo, bem arrumado, organizado e abusivo devido a ter o monopólio da redondeza, lhe custaria os olhos da cara (sou doido pra saber de onde vem esta frase) se comprasse aquela coxinha de R$2,60.

E_ Puta merda moça, essa coxinha é sagrada ou milagrosa? Nem ouro vale isto tudo.

M_ Mas é gostosa menino!

E_ Deixa pra lá...

Então o rapaz, moço, ou qualquer outra nomeação parecida vai pra fora do restaurante e fica esfregando a sua bota de empresa em um cachorro mendigo, ao mesmo tempo, conversa com uma senhora:

E_ Cachorro mansinho este né!

P_ É, gosta de carinho igual agente.

E_ Pena que vai morrer cedo, ta cheio de carrapato.

P_ Pena mesmo, e agente não pode fazer nada né.

E_ Poder agente pode, mas não faz...

P_ É, de certa forma.

E_ Não, agente não faz de nenhuma forma mesmo...

Então ela desvia a conversa e grita com voz de perua para o trocador:

P_ Moço, num vai colocar minha mala para dentro não!?

_ Sim, só vou pegar o adesivo.

P_ A ta, cuidado que é nova ta?!

Enzo (chamarei assim o rapaz por motivos óbvios) então entrou no ônibus e pensou, quando chegar em Nova Era (minha cidade) vou escrever sobre a viagem.

Continua no próximo capítulo...

Obs: Este vai continuar mesmo.

Enzo Pinho
Enviado por Enzo Pinho em 29/08/2006
Reeditado em 30/08/2006
Código do texto: T227855