A BANALIZAÇÃO DA VIDA

A BANALIZAÇÃO DA VIDA

Por que os jovens não têm mais amor à vida? É uma pergunta que não quer calar. A estatística da violência no Brasil tem como foco principal jovens até os 25 anos de idade. É lamentável que isso ocorra num país que se diz democrático. O vício é o ponto forte e o causador das mazelas que levam essa classe ao extermínio. Infelizmente o número de óbitos nessa faixa de idade é impressionante, incalculável e assustador. No Brasil a criminalidade violenta do trânsito atesta um percentual igual ou superior a cinquenta por cento, os crimes de homicídio aumentam consideravelmente aos sábados e domingos, quando a ingestão de álcool é mais elevada. A vinculação entre o álcool e o crime é inquestionável e alarmante. Associado as drogas, entre elas a maconha e o crack são condutores em potencial que levam seus usuários ao mundo marginal e criminal. Muito se discute na área relacionada com o reconhecimento do ser ou não, a droga fator de agente criminológico.

No entanto, estudiosos como Israel Drapkin, Mayorca, Elliot, Gonzales Carretero, Sabater, Pelegrini, Carratala entre outros, aludem à ação destrutiva dos tóxicos sobre o caráter dos seus adeptos, que normalmente se manifesta pela tendência à mentira, à dissimulação, à preguiça, em sua covardia diante das responsabilidades da vida, anomalias que levam o toxicômano, à medida que vai degradando, a costumes e atos desonestos para em última instancia, atingir a esfera do delito. A criminalidade evolui de forma muito semelhante em quase todos os países do mundo industrializado, onde a violência geralmente tem um desenvolvimento particularmente rápido. O envolvimento de jovens com drogas no terceiro mundo, e nos países em desenvolvimento é preocupante, alarmante e um caso de saúde pública. Todos os trabalhos científicos efetuados há meio século nos demonstram a existência e a ação das leis naturais. O que seriam as leis naturais? Essas leis estão ligadas por uma lei superior que as abarca todas, regula-as e as conduz a unidade, à ordem, à harmonia.

É através dessas leis, sábias e profundas, ordenadoras e organizadoras do Universo que a Inteligência Suprema se revela. O que seria essa Inteligência Suprema? Uma resposta simples, Deus. Enquanto, o homem não imantar as leis divinas a sua evolução não surtirá efeito. Será ele sempre submisso à materialidade destruidora, ao orgulho doentio, a inveja condenável, a violência descontrolada, ao egoísmo e a falta de respeito para com o próximo. Certos sábios e estudiosos chegam a condenar as leis universais afirmando que as mesmas são cegas, mas como leis cegas poderiam dirigir a marcha dos mundos no espaço, regular todos os fenômenos, todas as manifestações da vida, e isso com uma precisão admirável? Se as leis são cegas, diremos, evidentemente devem agir ao acaso.

Mas o acaso é a falta de direção, a ausência de qualquer inteligência atuante. Ele é inconciliável com a noção de ordem e harmonia. (Léon Denis). O homem desvalorizou o lar, a família e perturbou a sociedade em que vive. Estamos inseridos no orbe da corrupção, da vontade própria, da inversão de valores, da falta ética, da pornofonia, da pornografia, das aberrações sexuais, da falta de educação e da desvalorização humana. Jesus sempre em suas pregações afirmava: “De que o homem deveria ter vida em abundância”, mas isso não ocorre nos dias de hoje. Infelizmente! A vida em família não é mais a diretriz e nem o viés do homem. O mundo animal parece superar ao mundo hominal, pois enquanto o homem tira a vida de seu semelhante, o animal só ataca se for perturbado ou para saciar a fome.

Falando-se em fome, miséria e desemprego, essa tríade pode ser a causa principal da desarmonia do universo e causa primordial da violência, das guerras e do submundo do crime. As ações perniciosas do mal se infiltram com mais facilidade nesse rol. Os homens do mal iludem os mais fracos e menos aquinhoados para tirarem vantagem ilícita e através da drogadização transformam um écran pobre num antro de violência, de prostituição e desarmonia total. E devido a essas ações os vírus saem da comunidade procriadora tomando as ruas e avenidas da cidade transformando-as num vendaval de temor, medo, pavor e sofrimento. A morte ronda os lares, e toda a população das grandes, médias e pequenas cidades. As autoridades constituídas nada fazem e as ações direcionadas a essas ações são acabrunhadas e não surtem efeitos. Fala-se em pena de morte, em prisão perpetua, em maioridade penal, mas temos que explicitar que o país sendo um corpo, sua cabeça está doente, e quando a cabeça não pensa o corpo padece. O que esperar da maioria os políticos da atualidade? Nada.

A Lei da Locupletação domina o país de Norte a Sul, de Leste a Oeste. Sinceramente, nunca a sociedade brasileira se sentiu impotente diante de tanta corrupção, descaso, descumprimento de leis, violência e do “grande enigma” que sempre fervilhou no cérebro das criaturas, de filósofos, de religiosos e de todas as massas. O homem é regido pela lei do trabalho e do sofrimento, se ele não tem emprego o ócio vai levá-lo com certeza ao sofrimento. Tanto ele sofrerá como causará sofrimento a outrem, pois pela sua imperfeição sua tendência pende para o mal em detrimento do bem. “O Deus que nos deu a vida deu-nos ao mesmo tempo a liberdade...” Thomás Jefferson (1774) “... Pressa, medo e confusão... “Virão com o toque da última trombeta.” General Henry Knox. “O homem que não sabe pelo que está disposto a morrer não está preparado para viver.” Martin Luther King Jr. 1963.

Não desejamos jamais tocar fogo na fogueira, mas estamos entregues ao acaso. Será que o acaso existe? O acaso é um conjunto de causas imprevisíveis e independentes entre si, que não se prendem a um encadeamento lógico ou racional, e que determinam um acontecimento qualquer, o resultado desse conjunto de causas, o acontecimento fortuito; fato imprevisto; casualidade, destino, fado, sorte, fortuna. (Na filosofia representa o caráter de acontecimento imprevisível com relação às causas que o determinam (por exemplo, a premiação de um bilhete), ou injustificável com respeito à significação assumida, um atraso de segundos que provoca um desastre), são fatos injustificáveis. Casualmente, acidentalmente, por acaso, talvez, porventura, eventualmente, sem direção, sem rumo, a esmo, à toa, sem maior reflexão, impensadamente, sem premeditação ou escolha prévia. Não é o nosso caso. O Brasil está sem comando, sem rumo, a nave enfrenta tempestades, nebulosidades, mas o pior cego é aquele que não quer ver ou enxergar. Pensem, meditem, pois a grande violência que enfrentamos no Brasil não é fruto do acaso, tem causa e pode ser combatida, mas falta força de vontade, coragem e investimentos. Pense Nisso!

ANTONIO PAIVA RODRIGUES-MEMBRO DA ACI-DA ALOMERCE-DA AOUVIRCE- DA UBT E DA AVESP

Paivinhajornalista
Enviado por Paivinhajornalista em 29/05/2010
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