VAMOS TOMAR UM CAFEZINHO?

Vamos hoje bater um papinho legal sobre o café? Esta bebida que faz parte do cotidiano mundial, fundamentalmente do Brasil. No caso do mineiro, principalmente aquele que mantêm uma cultura mais do passado, é impossível visitá-lo sem tomar com ele um cafezinho. Esta bebida extraordinária já virou sinônima de “boas-vindas”, bem como de manter a seu usuário mais aceso ou fazer uma companhia nos momentos de solidão. De manhã, à tarde, à noite, após o almoço, depois da janta, ou se acender um cigarro, o cafezinho é como uma lei obrigatória. Por um outro lado, é o produto que mais emprega temporariamente na nossa região.

Em alguns períodos da década de 1980, o café era a segunda commodity mais negociada no mundo por valor monetário, atrás apenas do petróleo. Este dado estatístico ainda é amplamente citado, mas tem sido impreciso por cerca de duas décadas, devido a queda do preço do café durante a crise do produto na década de 1990, reduzindo o valor total de suas exportações. Em 2003, o café foi o sétimo produto agrícola de exportação mais importante em termos de valor, atrás de culturas como trigo, milho e soja.

A história do café começou no século IX. O café é originário das terras altas da Etiópia (possivelmente com culturas no Sudão e Quênia) e difundiu-se para o mundo através do Egito e da Europa. Mas, ao contrário do que se acredita, a palavra "café" não é originária de Kaffa — local de origem da planta —, e sim da palavra árabe qahwa, que significa "vinho", devido à importância que a planta passou a ter para o mundo árabe.

Uma lenda conta que um pastor chamado Kaldi observou que suas cabras ficavam mais espertas ao comer as folhas e frutos do cafeeiro. Ele experimentou os frutos e sentiu maior vivacidade. Um monge da região, informado sobre o fato, começou a utilizar uma infusão de frutos para resistir ao sono enquanto orava.

A maioria das pessoas que consomem café diariamente desconhece as substâncias saudáveis e os seus efeitos terapêuticos: O consumo moderado de café (de três a quatro xícaras por dia) exerce efeito de prevenção de problemas tão diversos como o mal de Parkinson, a depressão, o diabetes, os cálculos biliares, o câncer de cólon e o consumo de drogas e álcool. Além disso melhora a atenção e, conseqüentemente, o desempenho escolar. O café contém vitamina B, lipídios, aminoácidos, açúcares e uma grande variedade de minerais, como potássio e cálcio, além da cafeína. O café tem propriedades antioxidantes, combatendo os radicais livres e melhorando o desempenho na prática de esportes. Doenças como infarto, malformação fetal, câncer de mama, aborto, úlcera gástrica ou qualquer outro tipo de câncer não estão associadas ao consumo moderado de cafeína. Melhora a taxa de oxigenação do sangue. A cafeína chega às células do corpo em menos de 20 minutos após a ingestão do café. No cérebro, a cafeína aumenta a influência do neurotransmissor dopamina. Entre os malefícios causados pelo consumo excessivo de café podemos listar: Reduz a taxa de oxigenação dos neurônios. Provoca uma maior secreção de ácido clorídrico, causando irritações nas mucosas intestinais que causam colites e ulcerações, principalmente para quem sofre de gastrite.

Deixando um pouquinho de lado tanta teoria, poderíamos dizer que não conseguiremos sobreviver sem o nosso velho e costumeiro cafezinho. Esta bebida que para nós parece tão normal é estranha até mesmo em algumas partes do Brasil e principalmente em uma série de países. Tem muita gente de cultura diferente da nossa que acha estranho beber uma bebida fervente como esta, mesmo em dias quentes ao invés de tomar um suco, leite ou mesmo um refrigerante. Mas o cafezinho é especial. Seria impossível participar de uma reunião sem aquele intervalo básico para o “coffee brake” ou mesmo receber uma visita em casa e não servir o velho cafezinho com ou sem uma quitanda para acompanhar, isto sem dizer que é chique um escritório ou mesmo uma repartição que possua no fundo da sala uma garrafa de café para agradar os clientes.

No que concerne a empregabilidade, é triste ver este ramo que faz a alegria de tanta gente neste período, condenado a ser substituído por máquinas e facilitar a vida de muitos fazendeiros em detrimento de muitas famílias que serão obrigados a conseguirem os seus recursos por outros meios que sabe lá Deus qual.

Enfim, o café para nós mais ultrapassa o mito, tornando-se uma realidade. Chega a ser um remédio além de ser uma companhia. A história deve muito favor a este produto rural que por muitos anos foi o ícone da economia que proporcionou ao Brasil um lugar no mercado mundial.

O café é tão contagiante que simplesmente o fato de comentarmos um pouco sobre ele, deve ter despertado a vontade em muita gente de tomar um gole neste exato momento. Sendo assim, “VAMOS TOMAR UM CAFEZINHO”? Além de estar satisfazendo o seu prazer, tomar café ajuda na economia brasileira e resolve uma série de necessidades do seu organismo. Quanto às receitas, ao mesmo tempo em que existem inúmeras deliciosas, os melhores cafés são aqueles que são feitos com muito carinho do jeitinho que o apreciador preferir.