UM TELEFONEMA MUITO ESTRANHO
Aconteceu em 1996.
Quem ligou foi uma desconhecia,hoje uma amiga muito querida.
_Como vai, Nanci?
_ Bem. Quem está falando?
Ela continuou.
_ E as crianças? sei que a tua filha casou, já tem filhos? e o seu
filho, criou juízo? Espero que sim. Eu já tenho netos grandes e me
dão muitas alegrias.
Perguntei outra vez com quem estava falando, já entusiasmada e
feliz, porque deu-me a impressão ser uma amiga de infância e que
Há muito não nos víamos.
A resposta me surpreendeu.
_ não vou dizer quem sou. Quero surpreende-la.
_ Vamos nos encontrar-nos em algum lugar para matarmos a sau-
dade.
Combinamos um encontro em uma casa de chá.
Lá chegando, olhei para as mesas com mulheres sozinhas, e não
vi alguem conhecido, até que chamou-me atenção uma senhora
que me pareceu esperar alguem. Aproximei-me, pedi-lhe desculpa
e apresentei-me.
_ Sou a Nanci.
E ai veio a surpresa. Ela esperava a Nanci, que não era eu.
Explicou-me que encontrara meu nome na lista telefonica e por não saber meu sobrenome já havia ligado para outras Nancis, mas que
pelas respostas não era a amiga procurada.
Contou-me que conhecera a "outra" quando jovens e que foram mui-
to amigas e confidantes.Soubera do seu casamento e dos seus problemas, que coincidiram com os seus.
Benditas coincidências!
Rimos muito e nos tornamos amigas, o que me faz agradecer todos os dias.
Ter recebido esse telefonema muito estranho foi maravilhoso.