6 de Junho, um dia especial para mim.

Os amigos já estão a me indagar onde será a comemoração, mas ainda não sei. Na verdade ainda não parei pra pensar na comemoração. Tenho pensado mais, que estou bem perto do 6 de junho quando irei completar meus 50 anos, ainda não será o próximo mas está se aproximando.

Começo a sentir o verdadeiro significado da palavra maturidade. Mas não pensem vocês, que estou achando ruim, não, eu costumo dizer que como diz Lya Luft num de seus livros, tenho muito orgulho dos meus cabelos brancos (tanto é que não os pinto), e também de algumas marcas que já insistem em se mostrar em meu rosto. Mas tenho mais orgulho ainda, das marcas deixadas na minha alma. Marcas essas deixadas por decepções (mas que serviram como aprendizado), por dores de perdas de pessoas muito queridas (porque jamais serão esquecidas), marcas de dores de amor (que como as lagartas que se transformam em borboleta) não têm uma aparência feia, pelo contrário, são marcas de uma beleza sem par, marcas de um sentimento que há pessoas que vivem toda uma existência, e não o conseguem experimentar. Um sentimento que nos toma por inteiro, nos vira pelo avesso, nos faz descobrir nós mesmos, nos faz enxergar alguém que antes olhávamos no espelho, e simplesmente não víamos, e não víamos porque não queríamos, mas porque éramos incompletos, pois só o sentimento do verdadeiro, despojado, desmedido, completamente envolvido amor, é que nos torna inteiro, único, poderoso e encantado, fazendo-nos transpor este espelho e irmos de encontro a nós mesmos. Este encontro que nos funde com o criador e o universo, e nos faz uma pessoa única e especial.

Wanusa Pinto
Enviado por Wanusa Pinto em 03/06/2010
Código do texto: T2297693
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