FIZ SEXO COM A NATUREZA (PESCARIA) PARTE I

Ontem, 03/06/2010 feriado, sentado no sofá veio uma saudade de minhas antigas pescarias, como alguns anos atrás, eu e meu filho resolvemos a pescar num Ribeirão chamado Fazendinha, Município de Trindade, perto de Goiânia, Capital de Goiás. Ele nos ofertava várias opções simples de pescas tais como, piau, lambari, cachorra, traira e outras. Como este ribeirão não é distante, cerca de 50 km,logo após decisão, iniciamos a coleta dos apetrechos de pescaria, tais como varas, caixas, alimentos e porque não as iscas. Realmente eu gosto de levar uma diversificada relação de alternativas, para testar os hábitos alimentares dos peixitos.

Domingo 4 horas da manha... tudo no carro e rumo ao rio. Estrada fresca, ventinho no rosto, meu filho dormindo antes mesmo de sair de viagem . Durante o caminho, penso nas iscas : minhocuçu (1/2 duzia) lambaris pequenos (12), ração com pinga, massa de trigo, frutas (se não aproveitar eu consumo, uma garrafa da marvada, caso tenha uma picada de cobra, a cobra (eheheh), isca especial do salame , você deixa ele no sol e quando cozinhar você corta aos pedaços , o cheiro atrai qualquer dos peixes é uma isca fatal, milho verde e um pedaço de bacon, são muitas alternativa, cardápio completo.

Chegamos em uma currutela perto do Ribeirão entrei numa vendinha (imagina aquela com salame pendurado junto com tantas outras coisas, cheiro de velharia) e pedi 6 biscoitos fritos, tomei mais um cafezinho e sai comento um daqueles bem muxiba. O tempo ainda estava fresco e clareando, o Sol rasgava as nuvens com os teus raios sem pedir licença e elas se ofertavam naquela relação.

Após viajar por mais alguns minutos chegamos ao destino, entrei por um desvio estacionei o carro debaixo de um Pequizeiro belo, começamos a descarregar os equipamentos, me filho com uma preguiça apenas olhava eu pegar as coisas elevar para o lugar que iríamos ficar, tínhamos que passar por debaixo da cerca, caminhar uns 500 metros entre capim jaraguá, mas nos íamos felizes, despencando, caindo, pregando nas farpas da cerca, tudo de bom, eu brigando com o menino para carregar e nós fazermos uma viagem só, ele querendo ficar no carro e eu doidinho para jogar o anzol na água.

Escolhi o lugar, debaixo de uma Gameleira ...na curva bem ampla piscosa e larguei as minhas coisas. Prendi uma rede nas árvores, lugar fresco, falei para o meu filho, pode deitar que eu te acordo para almoçar, ele com a boca cheia de biscoito nem respondeu direito e dormiu. Eu coloquei as coisas no lugar, joguei um pouco de quirela no poço e fui separar as iscas juntamente com os alimentos colocando-os encima de uma mesa improvisada com pedaços de bambu já construída anteriormente por outros pescadores.

Armei duas varas de carretilhas uma isca viva e outra com minhocuçu e lancei na água, outra de bambu fiquei na mão, com pedaços suculentos de salames como isca, como eu disse, naquele silêncio de fazer dormir uma onça pintada.

Quando de repente ! uma beliscada forte... e eu dei um puxão e o bichão ferrou... era um piau dos grandes... minha linha 0,25 de uns 4 metros, vara de bambu 3 metros vergando toda e o danado tomando linha..

Eu pensado vai arrebentar... ele afundava com velocidade o meu coração batia forte e eu gritava !!! dá um devorteio danadão.... não vai fugir não...eheheh... logo cedinho.. um baitão garrado no azol daquele jeito... é muita alegria... que eu curti até o último minuto...

Ele merecida ser solto... eu pensei.. pensei... falei necas de piribitiba... vai para o jiqui...

Gastou uns 30 minutos para ele cansar... e boiar... e pesando quase uns 3 kilos, brilhante de três pintas, largo, lindo...escamas grandes... dei um abraço naquela espécie e pensei novamente, vai para panela... frito na farinha e ovo... empanado... e acompanhado com umas e outras ...mas quando eu fui colocar-lo no saco ele me deu uma rabanada na cara...tipo socão da roça....srsrsr e pulou na água novamente...aaa neeennnn...não tirei foto...não tinha testemunhas...a não ser Deus ..a natureza e eu....mas que foi lindo foi...foi como fazer sexo com a natureza e atingir um orgasmo danado.

Sem problema... aquela espécie era da família real.. mereceu ir embora, me fazer de bobo e tudo mais....mas pego outro...

Levantei-me para esticar as pernas..nesta época eu ainda fumava, acendi um cigarro, dei uma beiçada numa branquinha, mordi uma lasca de queijo de trança e olhei arredor, tínhamos uns 150 metros de mata nativa que acompanhava o Ribeirão, logo vinha um cerrado forte mas com poucas árvores e as que tinha retorcidas e pequenas, formigas, muitas, cupins, também, uma plantação deles, o sol esquentando e todos trabalhando para a manutenção da cadeia ecológica, apenas eu e meu menino naquela frescura da mata de uns 25 graus , lá fora estava quente, eu respirando aquele ar doce, com gosto de capim seco, úmido e cascas de árvores...me deu fome, e eu fui procurar fazer alguma coisas para abrandar aquele buraco em meu estomago... ficando o restante da pescaria para depois...

Kulayb
Enviado por Kulayb em 04/06/2010
Reeditado em 04/06/2010
Código do texto: T2299168
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