ORKUT E COISAS DA HORA na sociedade pós – superficial ...

Estávamos no Brasil dos anos oitenta, com possibilidades reais de trazer Miguel Arraes de Alencar, ao Palácio do Campo das Princesas – Aconteceu até um comício aqui em nossa cidade, com direito a ver a beleza e ouvir Fafá de Belém, cantando e encantando o eleitorado que se deixava embalar (também) pelo slogan de campanha “To Voltando”...

Na condição de representante sindical da categoria, ouvia muito “Pra Não Dizer Que Não Falei de Flores”, que com o passar do tempo foi ficando fora de contexto na boca e luta dos amarelos que até então eram contra o movimento sindical... Mas o fato é que, falou em movimento grevista (até mesmo de professores) ainda é possível ver e ouvir um carro de som anunciando que estão lutando por reposição de perdas e ouvindo a música do Vandré...

Não sei se a canção do Vandré, tenha nada a ver com a nova realidade, quando deveríamos construir uma sociedade democrática, no da selva de pedra e feras, no mundo capitalista e, estamos mais pra o adágio popular, segundo o qual, é termpo de murici e cada qual cuida de si...

Lendo o livro Tempo de Arraes, achei o máximo àquela idéia, segundo a qual, nenhum soldado vence a batalha com a barriga vazia...

Figueiredo, que havia prometido prender e arrebentar, estava se preparando pra dizer: esqueçam de mim... A Aliança que elegeu Tancredo (no Colégio Eleitoral) começava a colocar as unhas de fora... E muitos podres enxovalhavam as páginas dos jornais, revistas e imagens da tevê...

Começava a ser coisa do passado o slogan: Brasil: Ame–o ou Deixe–o – Muleta da “dita dura “ sem moldura contra os opositores do regime, nos anos setenta...

Talvez, do ponto de vista político e social eu era inocente e não sabia... Massa de manobra, conforme o petê dos treze pontos que não tolerava ouvir falar em pagar a dívida externa... Acho que mudaram de idéia pra fazer uma dívida com a cara deles...

Fui militante, não nego, inclusive participava de comícios e fiz alguns discursos criticando o peleguismo e, em favor da sociedade do proletariado... Inclusive, fui contra aquele episódio quando e exército vermelho sufocou a relelião da classe estudantil na Praça da Paz Celestial (em Pequim) e, fui obrigado a ouvir um colega dizendo que a China seria a potencia do terceiro milênio e, concluí que democracia pra nós deve ser a luta aqui, desde que não tivesse nada a ver com luta por democracia nos países vermelhos, na terra de outros...

Olha: Parece que o papo em questão não teria nada a ver com o título da crônica, sobre ORKUT E COISAS DA HORA na sociedade pós–superficial... MAS tem a ver sim...

Entendemos que, estamos em plena crise de identidade e crise intelectual (não sabemos quem somos, nem sabemos pensar)... Queremos a comunicação sem fronteiras (e sem limites) e, em relação aos riscos... AH!!! riscos (como rabiscos) a gente pensa depois, se necessário... Enquanto não vierem os problemas, vamos pintar e bordar por aí...

Em meu achômetro, ORKUT ainda é um MEIO DE COMUNICAÇÃO RECENTE – tão logo apareceu uma novidade em relação a ATUALIZAÇÃO dos RECADOS que precisa ser melhor analisada e DEVE SER MELHOR AVALIADA... Logo apareceu muita gente colocando a boca no trombone, no sentido que ninguém pode ter acesso aos seus recados...

QUESTÃO:

Seria isso mesmo ou, pensar e, repensar que muitos dos recados em circulação, são inclusive, um atentado à nossa língua portuguesa???

Concordo, em parte... E lembrei de uma conhecida... Falei sobre o Recanto das Letras; Logo no início da caminhada – Deve ter sido no finalzinho de 2007 e, ela se mostrou receosa de que alguém se apropriasse de seus textos - Como se todo mundo fosse fazer com seus textos o que faz na escola, copiando "trabalhos" de livros, como se fossem seus...

Será que ao copiar (ou usar) meu texto sem dizer que não seria o autor, a pessoa estaria me influenciando ou sendo influenciada??? Lembro que, conforme o adágio popular, o risco que corre o pau, corre o machado...

Ou seja, num extremo, somos cautelosos demais; No outro extremo, desleixados demais... Esse é um sinal inconfundível da geração da hora, do tempo da Internet (diferente dos tempos da brilhantina) e um sintoma muito grave da geração pós–superficial...

Chagas dhu Sertão
Enviado por Chagas dhu Sertão em 12/06/2010
Reeditado em 12/06/2010
Código do texto: T2315111
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