Língua travada

Meu filho Eduardo, aos 3, 4 anos, língua travada, não falava a letra “R”.

Um dia eu estava no quintal fazendo alguma coisa e ele tascou:

- Pai, pla quê isso?

Eu o corrigi, para dizer a frase certa:

- Filho, não é “pla quê” que se fala. É “pra quê”.

Ele, incisivo e senhor de si:

- Mas pai, eu não falei “pla quê”. Eu falei foi “pla quê”.

Achei engraçado, mas tive de explicar-lhe o que desejava saber.

Nessa época ele era um autêntico cientista maluco.

Faria Costa
Enviado por Faria Costa em 17/06/2010
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