Líderes de papel

Quando iniciei, há cerca de 12 anos, em Miguel Pereira, a atividade de jornalista, já não tinha como proposta escrever sobre futebol, colunas sociais ou fazer palavras cruzadas, muito embora esteja consciente de que este trabalho não desmerece ninguém. Deixei essa tarefa para outros companheiros militantes na profissão e conhecedores dos respectivos assuntos. O que realmente me realiza, como profissional de redação, é manter os leitores informados e atualizados dos problemas sociais e políticos que os cercam. Para tanto costumo selecionar o veículo de comunicação, cuja linha editorial melhor se identifique com a minha ideologia de ética e respeito ao leitor. O jornal Folha Democrática é um deles.

Um assunto pouco comentado, mas de suma importância é o que trata dos valores humanos de uma comunidade.

Inúmeros cidadãos acreditam que liderança se adquire com prepotência, arrogância, menosprezo, desrespeito e falta de humildade e entendem que o cargo que ocupam concede essas prerrogativas.

Dentro dos conceitos modernos de administração, constantes dos manuais de programas envolvendo “qualidade total”, levados a feito há alguns anos em organizações empresariais, o líder se destaca por vários fatores, alguns dos quais são enumerados a seguir, como observações:

1- Aglutinação de equipes ou de setores com o mesmo objetivo.

2- Delegação de poderes administrativos aos subordinados, acatando as suas decisões, quando corretas.

3- Respeito e consideração às idéias propostas, independente de quem as emite.

4- Boa conduta pessoal, para que sirva de exemplo a todos que o rodeiam.

5- Observância quanto ao exagerado rigor no trato com os subordinados, evitando as ordens absurdas e a procedendo a manutenção de suas integridades.

Ora ! Em todo o mundo existem cidadãos que se prevalecem da condição social, ou mesmo profissional, para prejudicar pessoas ou entidades, em razão de favorecimentos de outros que venham beneficiar os seus interesses particulares ou políticos. Estes são, na realidade, os líderes de papel, isto é, aqueles que poderão se queimar a qualquer momento. Lembremo-nos de que a justiça de DEUS tarda, mas não falha.

Demarcy de Freitas Lobato (Em memória)
Enviado por Demarcy de Freitas Lobato (Em memória) em 04/09/2006
Reeditado em 18/12/2007
Código do texto: T232889