Festa caipira

Carmo, é bom dia mesmo, acordei e vi sua mensagem.

E Viva São João! Não sei se você conhece nossos hábitos juninos.

Na véspera de São João e São Pedro, é costume juntar amigos e convidados e organizar uma festa, quase nunca na cidade por causa da fogueira que é feita.

O local é todo enfeitado com bandeiras pequenas, de papel colorido.

As vestes dos participantes são assemelhadas a dos camponeses, com exagero.

Botas surradas, camisa xadrez, chapéu de palha e muita disposição para encarar a festa que deve ir até o raiar do dia.

Comidas bem preparadas: arroz doce, broa de milho e a tradicional canjica.

Tudo isto sem falar nos petiscos. Pipoca, amendoim, cocadas. Bebida é o quentão, uma mistura de vinho quente com rapadura.

Batatas-doces e aipim são cozidas no calor da fogueira, enquanto os sanfoneiros e violeiros tocam músicas características.

Depois, como não poderia deixar de ser, paga-se caro pela brincadeira!

E os namoros? Muitos casamentos começam nas festas juninas. Pena que nas cidades as festas não são feitas, cidades grandes, porque nas pequenas têm sempre.

Gostei de saber da trova de autoria desconhecida. Os professores dizem sim, que ela possui as características portuguesas.

O Antonio Aleixo, nunca ouvira falar. Um poeta conhecido, analfabeto! Gostei muito da trova composta por ele.

Até mais, querida amiga.

Carinhos,

Jorge

'Resposta a um e-mail de uma colega nossa, onde fiz minha segunda crônica sem perceber.'

Jorge Cortás Sader Filho
Enviado por Jorge Cortás Sader Filho em 24/06/2010
Código do texto: T2338498
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