INTERNET. SEUS POETAS E PROSADORES.

Surgiram na internet novos poetas e prosadores, não só comunicação. São personagens de círculo restrito formado pelo computador. Suas linguagens são diversas, mas não englobam, com raras exceções, arte. O grande objetivo é a comunicabilidade, válida sob quaisquer aspectos. A famosa “livre expressão” circula em somatório geométrico, direito individual garantido pela carta política respeitada a ordem pública, as leis.

Nesta estrada de fácil atingimento desponta, também, uma lingua estranha que desconhece em nome da aproximação, princípios básicos de escrever. Realmente isso não é importante já que passa ao largo da literatura. Na internet se faz comunicação e amizades novas, não literatura. Pontuação, acentuação, análise sintática, uso das grafias corretas ficam distantes, interessa passar a imagem do que se pensa, essa a nota em destaque, válida.

Nessa toada não há ataque à lingua. A literatura de poetas e prosadores que se insere na história linguística é aquela que obteve prestígio e reconhecimento, consagrada, e por isso é editada.

Com a edição, editora e autor depuram as incorreções ocorrentes impossíveis de serem afastadas sem dezenas de revisões. Mas a internet traz fenômenos difíceis de precisar e definir, que se escondiam nas edições.

Rodrigo de Souza Leão criou um blog quando já reconhecido pelas editoras e pela crítica; LOWCURA. É dos mais criativos blogs surgidos na internet, e não podia ser de outra forma. Riqueza de imagens que exsurgem da interação entre o ego e a realidade surrealista de quem descortinou o que muitos “sadios” não veem. Nesse compartimento, quem pode ver a singularidade única, descerra a magia da genialidade. Era um verdadeiro artista, um Van Gogh que em carta a seu irmão Theo, afirmava “Atrás da cabeça, em lugar de pintar a parede comum da sala medíocre, pinto o infinito. Posso passar muito bem sem Deus, na minha vida e na minha pintura, mas não posso doente como estou, passar sem alguma coisa maior do que eu, que é a minha vida – o poder de criar”.

Pura arte, como a via Rodrigo, sic:

Tudo é pequeno

A fama

A lama

O lince hipnotizando a iguana

O que é grande

É a arte

Há vida em marte

As tintas de Rodrigo de Souza Leão são coloristas ao extremo como as do eterno pintor de “Cipreste no Trigal” e “Noite Estrelada”. Ambos artistas, guardadas as proporções. No poder de criar de Van Gogh está o Deus como a Cruz nos quadros de Rodrigo.

É assim a arte que invade a internet, muita restrita, mas riquíssima quando avulta, incorporada em um Rodrigo, reconhecido por ser verdadeiramente artista, consagrado, não poetas e prosadores da aproximação de trocas que saltitam entre o ego e a realidade que se aceita em nome da aproximação de todos, saudável e desejável.

Como Khalil Gibran que muito escreveu, mas que nasceu para escrever “O Profeta”, rara pérola da humanidade. Tinha o futuro o aguardando para o abraço das verdades definitivas como as de Rodrigo.

Celso Panza
Enviado por Celso Panza em 29/06/2010
Reeditado em 30/06/2010
Código do texto: T2347986
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