Competência, persistência e emoção

De uma coisa devemos estar cientes, para cumprirmos nossa missão de vida, no meio da turbulência contemporânea, repleta de “ismos” - comunismo, feminismo, capitalismo, consumismo, ateísmo, materialismo etc. - precisamos estar preparados e munidos de forte caráter espiritual, o suficiente para não cairmos nas armadilhas do “ilusionismo”. A alta capacidade de enfrentarmos adversidades, sem nos deixarmos abater por lamúrias, desculpas ou revoltas, tem de ser nossa eterna bandeira de sobrevivência, possibilitando-nos assim a transposição das barreiras do destino, com galhardia suficiente para o crescimento da individualidade, que é o caminho para a marcha rumo ao iluminismo.

As forças espirituais negativas permanecem em atividade contínua as vinte e quatro horas do dia, sempre à procura de brechas trevosas em nosso corpo espiritual (máculas ou pecados), para tomarem de assalto o controle da nossa mente, exacerbando assim nossas emoções mais baixas e mesquinhas, em detrimento da ação da razão e dos sentimentos elevados; é líquido e certo que o indivíduo nessas condições irá se tornar em um típico fantoche, vindo a praticar atos ilícitos, violentos ou inúteis, que, talvez, nunca lhe tivessem passado pela ideia, por isso seu espírito irá se tornar mais carregado de nuvens escuras, aumentando assim o campo de atuação e a intensidade das influências negativas, como em um moto-contínuo. As influências negativas cumprem o seu trabalho com uma competência irreparável e com uma persistência incansável, sem qualquer emoção ou sentimento de culpa que lhes possam atrapalhar o caminho; é por aí que mora o perigo, pois as suas ações serão cumpridas de acordo com ataques aos nossos pontos fracos mais íntimos, através de ilusionismos e perspectivas de felicidade, induzindo-nos por atalhos prazerosos e “lindos”, que irão terminar em becos sem saída, muitas vezes sem volta, tanto material como até espiritualmente, ainda mais que já entramos em um processo de julgamento final no mundo etéreo dos espíritos, para onde iremos retornar, impreterivelmente, cujo juízo iremos nos submeter, independendo da posição social, nível de cultura, credo, cor da pele e assim por diante.

Deus é também o criador das essências negativas e, sendo assim, as mantém sob controle, sempre ativas e atuantes, para que o homem saia da inércia e se mantenha alerta, procurando agir em contraposição, de acordo com a positividade dos pensamentos, das palavras e das ações, à procura do iluminismo e das benesses que esse estado celestial oferece, e que só poderá ser atingido quando conquistado através de férrea vontade e luta constante. Uma coisa tem que ficar bem clara: para podermos enfrentar essa batalha entre o bem e o mal dentro de nós, teremos que buscar sabedoria no aprendizado, na experiência e na vontade de superar as adversidades e as tentações ilusórias, oferecendo-nos como operários da construção de um mundo paradisíaco para todos, indistintamente. Se nos preocuparmos somente com a nossa evolução, deixando nas mãos dos “outros” a resolução dos problemas para a concretização do mundo ideal, sem dúvida nenhuma, estaremos deixando escorrer pelo ralo nossa última chance de sermos incluídos nesse projeto divino, porque o mérito deverá ser conquistado por meio de muito trabalho, junto às vibrações espirituais positivas, impondo derrotas às incursões poderosas das negatividades, tanto conosco como com nossos semelhantes.

A chave está, em primeiro lugar, no ganho de nossa competência, capaz de superar o poder dessas forças, o que só conseguiremos pela sabedoria adquirida através de muito estudo, larga experiência e bastante prática; em segundo lugar, na nossa persistência infatigável e constante no cumprimento dessa empreitada, mantendo ligado o “alerta vermelho” em quaisquer circunstâncias que possam se mostrar “auspiciosas” demais e que tenham a aceitação muito fácil por grande maioria de opiniões; por fim, em colocarmos emoção suficiente para nos mantermos conectados com os problemas coletivos, nunca nos esquecendo de que “lamúria gera lamúria e gratidão gera gratidão” e de que “o homem depende do seu pensamento”.

Moacyr de Lima e Silva
Enviado por Moacyr de Lima e Silva em 03/07/2010
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