Impossível é viver uma vida sem cair em armadilhas. Perigos constantes estão sempre nos rodeando. Mas o maior perigo vem das amarras que nós fabricamos. Não é por acaso que existe a expressão “ cavar a própria sepultura”.
O exemplo da armadilha para macacos é uma metáfora do comportamento do primata mais evoluído do planeta.
Uma simples caixa com um amendoim dentro. Uma abertura que permite passar a mão aberta mas impede a saída da mão fechada, com o dito. E lá fica o primata imóvel, à mercê do caçador, quiçá, da Grande Ceifeira. E no entanto bastaria renunciar ao amendoim.
Para nós, humanos, o isco pode ter várias formas. Um carro topo de gama, uma vivenda de luxo, uma amante com gostos requintados, uma necessidade doentia por bens de consumo, uma vontade imperiosa de subir na carreira a qualquer preço, uma gosto pelo acumulo de dinheiro no banco, ou até um amor masoquista a um agressor patológico.
Pode ser qualquer coisa que nos retire a alegria de viver. Algo que nos leve à auto-destruição.
Quando se perde a noção da diferença entre o essencial e o acessório, o saudável e o doentio não há remédio, herói salvador, protecção divina que nos salve.
Para vencer a armadilha basta um simples gesto. Abrir a mão.
AnaMarques
Enviado por AnaMarques em 06/07/2010
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