Recomeçar

Quando eu era menina, aprendi a arte de fazer crochê. Passava horas de posse de agulha e linha, inventava pontos, descobria novos. Era um trabalho cansativo, mas muito prazeroso.

Exigia muita atenção! Qualquer ponto errado deixado para trás, resultava em insatisfação!

Por mais cuidado que eu tinha, às vezes com o trabalho quase concluído, lá estava ele! O ponto errado que minava toda a beleza de árduo trabalho. O que fazer? Continuar, ignorando aquele pontinho errado? Ou puxar a linha? Eu até tentava continuar, mas aquele ponto errado era como uma pedrinha em meu sapato. Sem pensar muito eu puxava a linha lentamente, era cruel ver os pontos perfeitos sendo desfeitos, por causa de apenas um erro.

Hoje vejo essa história como uma lição de vida! Ainda continuo revendo minhas atitudes e ações. Sei que existem pontos que após desfeitos, não ficarão como antes. E por causa de apenas um erro você é cruelmente julgado, mas não devemos temer aos homens! Penso que é necessário puxar a linha, a dor vem, será inevitável, mas depois de rever o pontinho errado, será fácil prosseguir, mesmo que após a reconstrução de todo um longo trabalho a gente olhe e ainda encontre aquele pontinho refeito no meio de tantos outros, ele com certeza fica diferente, amassadinho, mas refeito.

As marcas de nossos erros ficam para nos servirem de lição! Deus cura as feridas, mas deixa as cicatrizes!

Damiana Almeida
Enviado por Damiana Almeida em 07/07/2010
Código do texto: T2363740
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