Os minutos passam. Já digitei mais de 500 caracteres e nada me agradou. Quero escrever algo que me satisfaça, que me encante mas a inspiração tirou folga neste sábado de temperatura amena. Nuvens passageiras desfizeram-se em frente à minha janela deixando finíssimos e suaves pingos.

Dessa vez, não houve tempo de molhar os cabelos. Apenas as mãos sentiram-se úmidas. Momento feliz.

A casa está silenciosa. Fechei os ouvidos para qualquer barulho, desliguei meu sensor que detecta o zumbido dos mosquitinhos e tento viajar nas asas da mais bela poesia que Fernando Pessoa, Carlos Drumond de Andrade ou Pablo Neruda tenha escrito.

O toque insistente do telefone liga o sensor, me rouba o enlevo e lá vou eu atender a mais um engano - Aqui é residência, o mercadinho é final 78.

Perdi a paciência....deixo para outro dia a tentativa de escrever um belo poema.

Feliz fim de semana a todos.

Beijos