História de Amor

Suzi logo se apaixonou pelo soldado másculo e corajoso, que dirigia um jipe verde do exército. O Falcon do meu irmão.

Típico representante da ideologia americana, que de uma forma subliminar vangloriava os “feitos heróicos” , assim como a personagem “Rambo” nos cinemas.

Boneco feito para esconder o genocídio que nossa “América” realizava.

E Suzi. Boneca loura e artificial. Representação social da mulher perfeita projetando ideais de aparência e valores ideológicos.

Mas nossa simplicidade infantil sublimou a referida “função”

Nossos bonecos viveram uma grande história de amor.

Casaram-se e tiveram filhos. Padrão de nossos pais.

Ambos trabalhavam fora. E tinham pessoas para ajudar com casa e com as crianças.

Finais de semana povoados de sonhos, passeio, doces e risos.

Suzi fazia questão de supervisionar os estudos dos meninos.

Fazia isso em forma de jogo. Ela contava histórias, cantava palavras, fazia poesia com o carinho da voz. Na família “Suzi e Falcom”, o silêncio era preenchido por longas conversas...

E foram felizes para sempre até a brincadeira se acabar.