E QUÃO FORTE É O AMOR...
 

 



Pela ótica dos filósofos gregos como o amor é visto? Nos é dito que a temática do amor é comum a quase todos eles e  entendido como um principio que governa a união dos elementos naturais e como princípio de relação entre o seres humanos. Isto até Platão, depois dele apenas os platônicos e os neoplatônicos (para estes últimos o amor era fundamentalmente metafísico) consideraram o amor um conceito primorial. JÁ Plutarco, Plotino e Porfírio, que faziam outra escola,  encaravam diferente. Plutarco via o amor como aspiração daquilo que carece forma.  Plotino em “As Enéadas trata o amor da alma à inteligência e Porfírio na sua Epistola ad Marcelam menciona  o amor entre os quatro princípios de Deus como a fé, a verdade, o amor e a esperança.


E o amor original, como é visto? É dito que, para ocorrer, não importando os níveis: social, afetivo, paternal/maternal, fraternal, deve obrigatoriamente ser permitido, significando que essa permissão toma por base um sentimento de reciprocidade capaz de dar inicio e alargar as relações de afetividade entre duas ou mais pessoas ou seres que estão em contato e que por ventura vêm a nutrir um sentimento de afeição ou amor entre si.


Li um texto interessante extraído da “terra de ninguém”, sem a devida assinatura, razão aqui da ausência de crédito e que aliás serviu de subsidio, em parte, para a elaboração deste meu, que fala do amor permitido com ênfase para esta frase: Por que você me ama? Porque você me permitiu. Onde é dito  textualmente que esta frase remete ao mais simples mecanismo de reciprocidade e lealdade, se um pergunta ao outro a razão de seu sentimento de amor em direção a ele, a resposta só poderia ser essa. E que a razão do sentimento de amor em direção à outra pessoa recaí na própria pessoa amada, que em seus gestos, palavras, pensamentos e ações conferiu permissão a que a outra pessoa ou ser – podendo até ser um animal de estimação – o dedicasse aquele sentimento de amor.


E quão forte é o amor ... e mesmo sendo um sentimento abstrato, sem forma, sem cor, sem tamanho ou textura, dele todos nós necessitamos não importando idade ou sexo, feito o ar que respiramos. É o sentimento por si só em excelência, primário e inicial de todo e cada ser humano, animal ou qualquer outro ser dotado de sentimentos e capacidade de raciocínio natural.

 
Zélia Maria Freire
Enviado por Zélia Maria Freire em 19/07/2010
Reeditado em 19/07/2010
Código do texto: T2386350
Classificação de conteúdo: seguro