NOVOS TEMPOS, NOVAS PESCARIAS !!!!

NOVOS TEMPOS, NOVAS PESCARIAS....

Eu sou do tempo que íamos pescar, levávamos muita traia e pouca cachaça, mas trazíamos peixes a vontade, hoje se leva muita cachaça e não traz peixe algum, porque não sabemos dosar a quantidade e respeitar a piracema, então se deixar, acaba-se com o que resta. Moro no Estado de Goiás, um local de excelentes Rios e Ribeirões para a prática da pescaria, tenho uma família de tradição na arte de pescar. O meu Bisavô, meu Avô, meu Pai, Tios foram viciados na pesca de Barranco, o que me levou a viver com eles muitas alegrias e situações hilárias. Mas outro dia conversando com um veterano de Ribeirões aqui no Estado, me informou que em um grande poço ermo e de difícil acesso envolvido por muitas cebolas, excelente nos piaus e lambaris e criatório de sucuri, nos íamos pescar quase todo final de semana, um pescador foi engolido por uma sucuri de quase 10 metros e foi encontrado porque os colegas sentiram falta dele já tarde da noite e foram procura-lo, depararam com a grande sucuri e a mataram e perceberam que ela estava barrigudona e então deram uns tiros matando-a, ao abrir a barriga, constatou de forma aterrorizante o acidente, o pescador estava todo triturado (ele desrespeitou a regra número hum – não pescar em lugares estranhos sozinho...); Para matar a saudade, fui a um pesque pague aqui no Município, nos também temos excelentes e maravilhosos locais de pesca e solta. Ao chegar percebi uma tranqüilidade absoluta, poucas pessoas, peixe batendo, logo fui me arrumar em um local fresco. Armei minha rede, organizei minha traia, arrumei as varas e iscas, lancei-as na água, colocando-as em descanso na secretária (um instrumento que firma a vara e aguarda o peixe beliscar), tinha duas varas, uma com isca de salsicha e outra de queijo. Logo eu pedi um refrigerante e uns salgadinhos, tirei uma soneca quando uma das vara vergou e ferrou um belo peixe, corri...e fui manobra=lo, consegui cansa-lo depois de quase 1 hora, foi quando eu pensei, vou tirar uma foto, não estava com a máquina, o celular descarregado para variar, tinha uns 9 quilos, uma bela Caranha, brigona, estava pronta para ir para a panela, eu imaginando aquele troféu, olhava para aquela cabeça gigante, resolvi a bambear a linha, o peixe abriu a boca, o anzol não estava ferrado, saiu , eu olhando para bela Caranha, ela olhando para a liberdade e o anzol boiando ao lado daquele peixe, quando eu percebi, ele bateu o rabo, recuperou a energia e voltou satisfeita para o lago. Assim, eu perdi minha Caranha assada e meu super pirão apimentado com farinha de mandioca de cabeça do peixe, mas ficou a alegria daquele momento. Tantos vão dizer : isto é conversa de pescador, mas ao comentar com o dono do pesque pague ele deu uma grande risada, bateu nas minhas costas ele disse, esta Caranha aqui para nós é filhote, temos de 15, 20, 25 quilos, eu olhei para ele, pedi a conta, juntei os meus apetrechos, e sai com a história para contar e algumas bolhas em minhas costas pelo Sol quente que imperava na manhã de pescaria (sem sucuri);

Kulayb
Enviado por Kulayb em 20/07/2010
Reeditado em 21/07/2010
Código do texto: T2389194
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