COMIDA DE BOTECO

Estive hoje no “Edifício Maletta”, depois de muito tempo, para almoçar no “Xoc-Xoc”, um boteco especialista em pratos feitos (confira “DE MOLHOS, CHEIROS E SABORES”, no meu site aqui no RDL), localizado na entrada do prédio, ao lado de livrarias, lanchonetes, alfaiataria, barbearia, encadernadora, sebos, lojas e até “lan-house” agora.

O clima era o mesmo, muita gente zanzando, subindo e descendo a rampa que leva às galerias do primeiro andar, grande variedade de tipos humanos, uns engravatados, gel nos cabelos e colarinhos engomados, outros cabeludos de jeans e tênis, alguns mais de roupa bem “foveira”, como dizia Vó Fela. Lojas de CD’s e DVD’s exibem seus produtos, um som espalha pelo ar a bela guarânia “Ansiedad”, na voz maravilhosa de Nat King Cole, uma festa constante o “Maletta”.

Passava do meio-dia e minha fome era canina. Adentrei o “Xoc-Xoc”, tomei assento e fiz meu pedido à garçonete Dadá, sobrinha do dono:- arroz branco, feijão mulatinho, bife de fígado acebolado, salada de tomate, alface, pimentão e um pouco de batatas fritas. Comida caseira (ou “grosseira” , como diz meu amigo Zé Silvério, o qual, apesar de cozinhar muito bem, ter trabalhado na gerência de grandes hotéis e conhecer bastante o “metier”, insiste em dizer que a comida “grosseira” é que mata mesmo a fome, pois tem sustança), simples mas deliciosa.

A Dadá vem com o prato fumegando, pega os talheres e volta com um dedo da pinga “Seleta”, de Salinas, norte de Minas, região das melhores aguardentes. É pá e bola, tomo o aperitivo (o perfume da cana emana pelo ar) e caio de boca naquela gostosura, comendo e guturalizando “hum, hum...”, como faz o meu neto Tomás, um bom glutão.

Aí, velho, penso em alguns ilustres colegas do RDL que, tenho certeza, bem gostariam de estar ali comigo, saboreando o tal prato “grosseiro”, gente que conhece e curte degustar uma boa refeição:- o Aristeu Fatal (Santo André/SP), o Gilberto Dantas (Miracema/RJ), a Giustina (Santa Maria/RS), a Maria Olímpia, “Merô” (Lavras/MG), a Anita Cambuim (São Vicente/SP), a Maria Iaci (Brasília/DF), Maria Dilma (Parnaíba/PI), José Claudio (Bêagá/MG), Celêdian Assis (Bêagá/MG), Claudio Poeta (Paraty/RJ), Claudionor Pinheiro (Itabira/MG), Iratiense Joel (Irati/PR), Marina Alves (Lagoa da Prata/MG), Nena Medeiros (Brasília/DF), Silvia Regina (Vinhedo/SP), Lenapena (São Paulo/SP),Conceição Gomes (Curitiba/PR), Ione Barbieri (Cananéia/SP), Kassia C (São Paulo/SP), Ana Toledo (Praia Grande/SP), Lu Santos (Rio de Janeiro), Vander Dunquel (Rio das Ostras/RJ),Toninhobira (Salvador/BA), Jacó Filho (Lorena/SP), Alexandre Menezes (Brasília/DF), o primo Marcio Felix (Bêagá/MG) e outros que a memória, no momento, não alcança.

Bem almoçado, satisfeito, bucho cheio, pego um cafezinho lá na ponta do balcão, deixo uma gorjeta com a Dadá e seus olhos de jabuticaba, a qual me sorri agradecida e procuro meu ponto de ônibus, já mentalizando esta crônica para eternizar esses momentos divinos.

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B.Hte., 22/07/10

RobertoRego
Enviado por RobertoRego em 22/07/2010
Reeditado em 26/07/2010
Código do texto: T2393272
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