O recruta sem papas na lingua.

Meu pai contava que, quando recruta do Exército, em Fortaleza, certa ocasião estava na guarita de entrada do quartel, no momento em que passaram algumas pessoas à paisana. Não reconhecendo nenhuma delas, apenas acenou levemente com a cabeça. Posteriormente a atitude foi repreendida pelo Sargento-de-dia, que lhe que questionou: "Soldado! Porquê não 'bateu continência' pro coronel?". A resposta veio imediata, bem aos modos de meu saudoso pai: "Porque não conheço pau sem casca, sargento...". O riso foi geral, menos do sargento que deu-lhe "ordem de prisão" por dois dias, não pela insubordinação ao coronel, mas pelos termos inadequados para consigo.