ENTRESSAFRA DE AMOR.

Havia um tempo em que estava em sorrateira e quase dissimulada paz.

O coração (in)quieto,silente,brigava/brincando no limiar de guerra e trégua.

Já não sentia frio na alma nas madrugadas em que se debruçava sobre si e se investigava/inventariando a própria vida da janela da sua

essência.

A noite era clara,silenciosamente luminosa/iluminada,precedendo o dia quente/azul,mesclado de maravilhosos raios de sol.

Ouvia a vida se calando, sentia a alma se (des)configurando á cada novo momento.

Não sabia.

Não entendia.

Mas havia uma nova estação em sua vida que não trazia flores/fruto/folhas,chuva/frio/calor.

Havia uma colheita de sentimentos/sementes puras que arranhavam o peito e ansiavam por germinar.

Sementes do tempo.

Sementes/sentimentos ao vento.

Sementes de um amor que latente/latejante/dormente acorda

adormecendo,nasce para se (re)criar/(re)construindo-se apesar da própria desconstituição.

Mas agora o tempo é de paz insidiosa.

Havia nela uma nova fase/face...

... uma nova estação.

Descobriu quase sem querer que estava em meio a uma promissora

entressafra de amor.

Márcia Barcelos.

Márcia Barcelos
Enviado por Márcia Barcelos em 26/07/2010
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