CALE A BOCA GALVÃO

Durante os jogos da copa ouvi dizer que apareceram alguns espectadores com cartazes contendo um “CALA A BOCA GALVÃO”! Depois li numa revista que pipocou num site de relacionamentos a mesma mensagem para milhões de pessoas. Segundo a mesma revista a Rede Globo resolvera diminuir a exposição do seu comentarista até as coisas se esfriarem. Parece-me que ele fez um comentário que seria a sua última copa. Apressou a dizer que fora do Brasil, na eminência de garantir espaço para 2014.

Estive imaginando que um profissional do nível do Galvão, Com um salário mensal de Cr$ 1.000.000,00 (hum milhão de reais), ou

Cr$ 33.333,33, por dia, que creio ser uma pessoa muito culta, fala alguns idiomas, já viajou grande parte do mundo, (reside em Mônaco), que sabe tudo de futebol, corrida de formula um e muito mais, trabalhando para a maior potência televisiva do país e com destaque internacional, precisa alguém do outro lado da telinha gritar que não agüenta mais o comentarista. Ele não teve “desconfiômetro” para si tocar que estava se excedendo, até tentando adivinhar o futuro das atitudes e estratégias dos pilotos e equipes, jogadas, dos jogadores, dos técnicos e das disputas. Os demais comentaristas, creio, que todos seus subalternos/submissos, quando querem opinar fazem a característica chamada: GALVÃO! Ele imediatamente começa um comentário fazendo o outro aguardar um tempão enquanto ele tenta adivinhar o comentário de quem aguarda. Aí demonstra a sua superioridade. Logo a inferioridade dos demais.

A potência Globo não percebeu isso? Não tem avaliadores? Pesquisa a opinião dos “consumidores”? Ou ele é soberano também no comando. Nada contra o Falcão nem a Rede Globo onde gosto de vários programas, inclusive telejornais. Sou contra os excessos do Falcão. Mas pode mudar para melhor.

Está demorando surgir mais um “CALA A BOCA”. Tem outro que não para de falar. Faz perguntas e responde ao mesmo tempo. Intromete nas apresentações. Mata a atuação de vários profissionais que vão ao seu programa com propostas dignas de serem apresentadas sem nenhuma pergunta, sem nenhuma interrupção, sem nenhuma intromissão. E sem as piadinhas que muitas vezes são criativas e de bom gosto, porém, enfiadas na hora errada. Tem coisas boas no seu programa, mas, quando ele “corta” na hora errada, o que ocorre com uma freqüência intolerável, o recurso é mudar de canal.

C A L A A B O C A F A U S T Ã O!

Jferreira

Divinópolis, 26-07-2010.