Ironias e Tragédias.

Cuidado com a felicidade! Ela e traiçoeira. Quando menos se espera prega-nos uma peça daquelas!

Já vi e li relatos de pessoas que no auge de suas felicidades sucumbiram quando não de forma trágica.

O pior de tudo é sucumbir de forma tragicômica. Os familiares da vítima sofrem, se esquecendo de todo o mais, enquanto que os demais que nada têm a ver com a situação, nem mesmo uma comiseraçãozinha sequer, freqüentado velório apenas para comer biscoito e beber café, esses riem de tudo isso, como que isentos de coisas tais em suas existências.

Mas não, todos estão sujeitos a uma morte tragicômica.

Teve um cidadão, que Deus o tenha, que, em pescaria, sobre uma canoa, fisgando um pial, resolveu, para se vangloriar perante os demais, retirar o anzol da boca do peixe com sua própria boca, como em demonstração de brutalidade e selvageria. Porra, um bruto, o sujeito!

Aconteceu que o peixe deu um solavanco nesse exato momento e entalou goela abaixo do cidadão, matando-o asfixiado, diante o olhar estarrecedor dos demais.

Com crianças as coisas ocorrem com mais freqüência. Muitas vezes por desídia das mães, outras por ser os pirralhos atentados mesmo por natureza.

Uma dessas crianças, pobrezinha, morreu engasgada com uma fatia de maça. Puta sacanagem da natureza! Nessas horas questionamos inclusive a justiça Divina. Mas a vida tem dessas coisas, infelizmente.

Se formos rebuscar os anais necrológicos encontraremos diversas situações que causam arrepios até no mais ímpio dos homens, e deixaria este texto intragável. Porém vou fechando por aqui, com a mesmo observação do princípio:

Cuidado! Cuidado inclusive com a felicidade!

Cristiano Covas, 01.07.09.