Desamor

Desamor

O tempo passou e nos não percebemos o quanto ele nos prejudicou. As primeiras marcas da idade já se acumulavam na face. Assim como a rotina que devorou cada ato de amor que restou.

Tive de aprender a conviver com os seus defeitos que foram potencializados com a idade e minha juventude e beleza foram consumidas pelo comodismo, a falta de prazer e de vontade.

Somos dois tolos, não sei se ainda nos cabe amar, ou apenas suportar a presença um do outro.

Nossas palavras se esgotaram, vivemos em silêncio, pois a cada diálogo, percebo como nos tornamos distantes um do outro.

Todas aquelas palavras de amor, tornaram-se agressivas. Todos os gestos de carinho tornaram-se ofensas. Toda a alegria tornou-se tristeza, pois mesmo ao seu lado, permaneço só.

O que nos restou? Esta linha tênue entre o amor e o ódio.

Taiane Gonçalves Dias
Enviado por Taiane Gonçalves Dias em 29/07/2010
Reeditado em 29/07/2010
Código do texto: T2407139
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