A Ciência e a Arte (a lenda de duas irmãs)

A Ciência e a Arte são duas irmãs gêmeas - embora idênticas, chegando a nos confundir suas personalidades são diferentes. As duas sempre andavam juntas. A onde a Arte ia a Ciência a acompanhava, sempre nesta ordem a Arte liderava as expedições infantis, era à Arte quem inventava as brincadeiras. Um dia a Ciência se cansou de apenas seguir sua irmã, foi ai que ambas entraram na adolescência.

A Ciência era uma jovem púdica, dama recatada envergonhava-se com os flertes masculinos, escondendo seu charme por sobre suas anáguas, dificultando a aproximação dos homens que desejavam conhece-la, em contra partida a Arte explorava a vida, namoradeira, expansiva, atraindo para si o olhar masculino.

O sonho da ciência era se casar, ela buscava um parceiro que a entendesse, a Arte tinha muitos parceiros, seu objetivo era o prazer, as vezes ela tinha mais de um parceiro por vez. A arte explorava os limites de seu corpo. Até nos momentos íntimos a ciência era recatada, gostava de ser despida lentamente a cada botão aberto seu parceiro devia beijar sua pele, o sexo era carinhoso mas conservador, ela era quem ditava as regras já a Arte queria ser penetrada, por todos os orifícios com dois ou três pênis ao mesmo tempo, roupas rasgadas, arrancadas á força, calcinhas devoradas por homens, esbofeteavam seu rosto, cuspam em sua cara, a Arte gostava de apanhar.

Eventualmente as duas irmãs se encontravam, a amizade infantil já não existia mesmo querendo manter um relacionamento estável agradando assim seus pais, as duas garotas logo brigavam Ciência chamava sua irmã de vulgar, impúdica, vergonha para as mulheres, desavergonhada enquanto à Arte gritava pela casa recalcada, azeda, frígida, "você ficará com teias de aranha entre as pernas".

Os namorados da Ciência sentiam inveja dos amantes da Arte pela exploração máxima do prazer, enquanto que os amantes da Arte invejavam a estabilidade e segurança dos parceiros da Ciência.

No fim as duas irmãs não percebiam que embora muito diferentes elas almejavam o mesmo destino, queriam conhecer a si mesmas como mulheres individuais, uma independente da outra restando o saudosismo infantil de quando exploravam o mundo juntas.

FIM