A VAIDADE

O vaidoso é avarento e descuidado, no trato com as outras pessoas. É prepotente e sofre de síndrome de Narciso. O vaidoso não é, aparenta ser. Vive olhando-se no espelho e passa horas a cuidar de si. A vaidade é traiçoeira e nunca diz a verdade. É ilógica e sem senso comum, julga-se a tal e fala alto, para todos a ouvirem. O vaidoso mostra excessiva confiança e orgulho em si mesmo. É presunçoso e presumido, e tem grande cuidado com a sua aparência. É falso e encontra sempre defeitos a apontar aos outros, nunca olhando para os seus próprios defeitos, pois para ele estes não existem.

O vaidoso quando na rua, pára para se olhar no vidro da montra, e se regalar com o seu ego exacerbado. É exagerado e tem movimentos bruscos, passando a mão no cabelo repetidas vezes e tem um sorriso convencido nos lábios. É pernicioso e nocivo, mentindo muitas vezes sem se dar conta disso, pois a vaidade está tão impregnada nele, que não diferencia o bem do mal. É hiperbólico e tresanda a perfume barato. Aumenta ou apouca o sentido das palavras, que dirigi aos outros.

O vaidoso não se senta à mesa com ninguém, faz-se anunciar em voz alta e não é indiferente para as outras pessoas, embora estas o evitem.

É aquele que aparece e se mostra radioso, orgulhoso de si mesmo. Parece ser mas não é, vive de falácias e maus agoiros. Nunca tem uma palavra simpática para com ninguém e se acaso a tiver é de desconfiar a fartura. O vaidoso é peneirento e veste-se de cores garridas e ofensivas aos olhos. Mostra excessiva confiança e orgulho exagerado de si mesmo. Tem mil e um cuidados com a sua aparente boniteza. Julga-se o rei do sítio e tudo tem de ser em conformidade com o que ele “pensa”. Constrói à sua volta ventos e castelos de areia, que se desmoronam à primeira contrariedade.

A vaidade não se importa que seja só aparência, aliás faz jus a isso e glorifica-se. O vaidoso é irritante e anula os outros logo à partida, não dando chances de estes se mostrarem activos e de importância legal, maior que o seu egocentrismo exacerbado. Gosta de um corpo bem cuidado e veste roupas apertadas e justas, de maneira a salientar os músculos e os bíceps bem trabalhados, no ginásio lá da rua, que faz travessa com o cabeleireiro, onde passa horas a tratar de seus cabelos. É ambíguo excepção feita à sua hipocrisia e absurdo. Tem um manancial de tolices para se fazer ouvir, de qualquer jeito pois não concebe passar incógnito.

A vaidade não passa despercebida e é matreira, fazendo ridículo das outras pessoas, quando o quadrado é-lhe extremamente desfavorável. Faz birras como as crianças, quando não consegue alcançar o que almeja, só por cobiça e inveja. Tem desgosto pelo bem alheio e deseja possuir a qualquer custo o que o outro tem, acompanhado de ódio pelo possuidor. A vaidade não é nem um pouco de confiança e é insolente. Faz honra de ser como é, pois a vaidade está correcta, em contrapartida com o bom senso dos demais, que circulam à sua volta. A pessoa vaidosa evidência uma total indiferença para com os outros e é atrevida.

Jorge Humberto

07/08/10

Jorge Humberto
Enviado por Jorge Humberto em 07/08/2010
Código do texto: T2423745
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