PAI É PAI

Serenata em homenagem aos pais. A ideia é do João Ricardo, apoiado pelos sete amigos do laboratório de análises clínicas. Puxa, muito legal! Os “velhos” bem que merecem. Pois é, e afinal essa moçada só têm a elogiar os próprios pais. Nada mais justo que retribuírem fazendo uma surpresinha, né mesmo? Isso aí, todo mundo animadão!

Detalhes acertados. Henrique Cesar no violão. Afinal pra que servem tantos anos de aula, né? E até que toca bem bonitinho mesmo. O Carlos Vinícius vai cantar. A voz dele é ótimaaaaa! Alguma coisa contra? Não de jeito nenhum. Nas festas da turma ele arrasa no karaokê. Nada contra o Carlinhos no vocal. Os outros da turma? Apoio logístico. Providenciar uns bombons e uns cartões. Pode ser? Ô se pode! Tudo certinho!

Márcia Helena escolhe o repertório. Puxa, que coisa! Quase não há música falando de pai. Mas tem uma que não pode faltar. Aquela que fala “Pai, você foi meu herói, meu bandido...” Todo mundo sabe qual, né? Lógico! Quem não conhece essa música? O Fábio Júnior quem canta. Sempre que se fala em pai, ela é a primeira que vem à cabeça, ou não? Então, tá! Essa vai ser a da abertura, ok, gente? Okeizão!!

Três da manhã. Puro sucesso, a serenata! Já passaram por todas as casas. Agora é a última. É a vez do pai do Carlos Vinícius. Hum, aqui ele vai caprichar. Afinal é para seu paizão que vai cantar, certo? Está emocionado. Tem medo até de chorar, não aguentar a comoção. A turma toda bem debaixo da janela do Seu Inácio. Henrique Cesar dá um acorde. Carlos Vinícius respira fundo, busca todo o ardor de seu amor filial. Vai lá no fundo da alma. A voz é quase um grito de pura emoção. Na verdade, nesse momento, ele é mais que o Fábio Júnior “PAI...”. Mas não passa disso! Bruscamente a janela se abre. Seu Inácio, despenteado e de pijama listrado, grita desesperado “O que é, meu filho?”.

E o susto vira risada. A serenata acaba em piada porque pai é pai...