Sexta feira 13
 
 “Apesar de ainda provocar arrepios, a sexta-feira 13 de agosto não é mais a mesma. Novos hábitos, mais esclarecimento e informação, além da chegada de tecnologias, como a internet e TV, de certo modo banalizaram velhos conceitos de que o mês de agosto era o mês do desgosto. A sexta-feira dia de bruxas, vampiros e lobisomens, e o 13, o número associado ao azar.” http://valeindependente.wordpress.com/2010/08/13/sexta-feira
 
             Acho que a nota acima expressa bem nosso sentimento nos tempos modernos. É verdade que se crê cada vez menos no sobrenatural e no mundo mágico a ele associado. Pessoalmente, costumo respeitar  as crendices de cada um e cada uma e dou a elas a importância cultural que merecem e o nome define: são expressões da alma do povo, costumes e crenças que passam de geração em geração.
        As superstições que envolvem o 13 e em especial, a sexta feira 13 chegam a ser hilárias, porém, se o coração sente, devemos respeitar quem acha que uma data, um número ou um objeto tem tanto poder assim.
         Nasci num dia 13 e jamais me senti desafortunada por isso. Ao contrário, ter Santo Antônio como santo do dia não é para qualquer uma....
        E mais ainda: eu, bicho do mato, criada no meio de uma infinidade de manifestações populares, entre mezinhas e rezas vejo e sinto cada uma delas com um carinho todo especial pois me ensina muito da alma do meu povo mas não consigo não achar graça nesse jeito todo nosso de valorizar algumas crendices.
        Um dia desses, após o término da preparação do jantar, varri minha casa a noite. A secretária de férias, minha jornada triplica, como qualquer dona de casa que trabalha fora. Foi aí que lembrei  que quando menina, minha avó uma vez me tirou a vassoura da mão e ralhou comigo, dizendo que aquilo atraía a intranquilidade. Na época nada me ocorreu, mas hoje responderia sorrindo: “-Minha Avó, intranquilidade é dormir numa casa suja!”
        Enfim, coisas dos tempos modernos.