No abandono do próprio aconchego.

Numa noite obscura.

No realce da vida.

A mente trepidante.

A solidão que é tão profunda.

Na noite passada sonhei.

Pensei no que passou.

As imagens que nunca se apagam.

O que farei daqui para frente?

A mente totalmente vazia.

A solidão que me bateu.

A linda mulher que nunca mais a vi.

Dos seus beijos e abraços me libertei.

Do seu sorriso nunca esqueci.

O rumo da vida foi tu quem me deu.

Abandonado nas próprias escolhas que faço.

Eu poderia estar muito bem acompanhado dos teus abraços.

Não foi a própria escolha que fiz.

Entenda e compreenda o destino, pois é dono do próprio nariz.

Não há mais pura lamentações.

Não aguento mais tanta sensatez.

O vento leva as mais puras reclamações.

O deserto está no próprio convívio.

Aqui exponho a mais pura timidez.

Aqui declaro-me ser o velho lobo ou o menino da vês.

Marcos Ribeiro de Macedo
Enviado por Marcos Ribeiro de Macedo em 14/08/2010
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