Eu te amo

Existem frases que exigem uma resposta quando são ditas a alguém, não podem ficar soltas ao vento como se existissem em si; carecem de um complemento e neste caso, uma resposta que pode ser igual à pergunta ou acompanhada de palavras como eu também... Oh! Ah! Ou coisa parecida. Gestos podem muitas vezes fazes às vezes das palavras, um simples fechar de olhos, um abraço ou o final feliz de um beijo. Assim é a frase “eu te amo”, aqui propriamente usada entre casais. Imagine o que seria do cinema se a mocinha desse a maior risada quando depois de várias tentativas e desencontros o mocinho soltasse o grito abafado por toda a fita e o “eu te amo” tivesse como resposta uma sonora gargalhada? Eu mesmo não assistiria a esse filme. Mas o amor tem como tudo na vida reveses inexplicáveis. Deu-se comigo, não comigo não, com um casal conhecido meu: eles se conheceram numa festa e começaram a namorar. Ainda no tempo que ficar não era comum, depois dos olhares, o sorriso, o convite para dançar e sair um pouco que o salão estava muito quente. Daí para frente só alegria: gostos em comum, identificações, sonhos, passeios e o tempo escorregadio dos que amam. Certo dia ela pergunta: - Você me ama? Decepção: a mudez. Ele não tinha jeito com palavras – ela não acreditava na realidade vivida entre eles. Desfecho: separação. A frase que encerra os filmes ficou suspensa, calada, restou apenas o adeus.

CrisLima
Enviado por CrisLima em 19/09/2006
Código do texto: T244162