ANDO POR AÍ...

Trocando as pernas
que andam bambas.
Cinco minutos de caminhada
preciso parar e descansar.
As pernas não tem forças
começam a gelar e a formigar.
Sou obrigada a sentar.
Não posso me dar ao luxo
de ficar envergonhada.
Por isso me vejo na beira
das calçadas das ruas,
dos parques e praças
com pistas para caminhadas.
Não posso desistir.
Tenho que seguir em frente
nem que seja aos poucos
para tentar adquirir o mínimo
de condições físicas.
Colocar o corpo em movimento
para fortalecer a musculatura.
Ah...quanta saudade do tempo
que eu fazia esporte.
Corria feito louca seis
horas por dia.
Duas horas pela manhã
e quatro à noite.
Subia e descia as escadas
de casa voando feito papel.
Hoje faço com muito esforço.
Sinto saudade das raquetadas
fortes que me faziam bem.
Toda aquela adrenalina
produzida pelo esporte
me deixava mais forte.
Infelizmente foi o esporte
que me tirou das quadras
com lesões que me acometeram.
Já fazem cinco anos e ainda sinto
dor nas lesões e as vezes manco
quando caminho além do que posso
e quando tenho que ficar horas de pé.
Quem me vê não diz, pois disfarço
o máximo que dá.
Quando não dá...peço licença
e vou embora antes de não poder.
Outro dia fui no Estádio Beira-Rio
comprar uma bandeira gigante
do meu Inter (Colorado) - quase
morri caminhando lá de loja em loja.
Saí de lá ofegante e esbaforida.
Mas...fiquei contente de ver tantos
torcedores com a camisa do Inter.
Era uma vermelhidão ambulante.
Todos querendo comprar o ingresso
para o jogo da Libertadores da América.
Os ingressos já estavam esgotados.
Amo fazer esporte e ver também.
Esporte é saúde, é força é adrenalina.
O jogo é hoje, nesta quarta.
Sem poder fazer o que amo (esporte)
vivo e sinto a adrenalina ao assistir.
Se o resultado do jogo é positivo
nossa...minha adrenalina vai ao céu
e me dá uma força que posso gritar
e até correr para comemorar.
Meu corpo esquenta, sinto calor.
Pra quem já fez esporte entende
o que é isso e o que sinto.
É inexplicável dar uma raquetada
certeira na bolinha e marcar o ponto.
É o mesmo que sinto ao ver a bola
estufar na rede e gritar GOOOLLLL!
Maysa Barbedo
Enviado por Maysa Barbedo em 18/08/2010
Código do texto: T2445092
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