Cofrinho alheio

Conversa vai, conversa vem, e por acaso entramos em um assunto que nada tinha haver com o anterior, até então falávamos de política e quando percebemos, o tamanho do cós do jeans já era a principal questão. Não me perguntem como conseguimos mudar o teor da conversa. Todo mundo sabe que uma conversa puxa outra, ainda mais quando não se tem o que falar. Indignados, perguntávamos uns aos outros o que tinha acontecido com a calça tradicional, aquela que vai até a altura do umbigo e consequentemente nos livra de ver os cofrinhos alheios e as barrigas alheias, que por muitas vezes nos deixam constrangidos.

As mulheres que já não desfilam mais com os seus corpos saudáveis são as que ficam em maior evidência, pois com as suas “gordurinhas” localizadas, que insistem em acomodar-se sobre as calças, deixam um visual não muito agradável de admirar. Para completar o visual resolvem usar minúsculas camisetas, que ajudam a destacar a “barriguinha” de máquina de lavar, bom “gosto não se discute” é o ditado, mas que é feio, isso é!!! Um detalhe, isso se percebe em qualquer idade, desde adolescentes até as mais velhas. Sinceramente não sei o que acontece. Parece existir uma troca de identidades, as mais novas se enfeitam como fossem adultas e as adultas se vestem como se fossem adolescentes. Contudo, o problema, além desse, está nas “composições corporais”, que tanto em uma quanto na outra são desproporcionais ao tamanho da roupa que usam. Será que estas não percebem que não estão com essa bola toda? Querem usar? Tudo bem, mas antes vão perder alguns quilos!!!

Eu mesmo não sou adepto destas calças, gosto da tradicional, aquela estilo Fausto Silva, até a cintura, que nos permite andarmos tranquilos de que não estamos mostrando o nosso cofrinho. Não tem coisa mais chata do que caminhar pela rua e depararmos com alguém desesperado tentando erguer uma calça que não sobe mais, seja por ter a cintura baixa, seja pela imposição da gordura. Tudo bem, algumas mulheres até querem mostrar os seus dotes, mesmo que seja começando pelo cofrinho, contudo, cá entre nós, tudo tem o seu limite. Não estou aqui sendo contra a moda, porque ela é passageira. Apesar desta não estar sendo!!! É, espero que um dia essa moda vá para bem longe.

Na verdade, não sei exatamente se a culpa realmente é das mulheres. O que posso observar é que nas lojas já não encontramos mais as calças de modelo tradicional, ou seja, há justificativas não muito aceitáveis para se andar com os cofres de fora. Porém, o bom senso nos permite dizer que a moda de cintura baixa quando surgiu era voltada para mulheres com um corpo, digamos, mais adequado para o modelo. E de alguma maneira as menos privilegiadas resolveram também entrar na moda, afinal todas são filhas de Deus, alguém diria.

É até bonito ver uma mulher com uma calça de cintura baixa, desde que adequada à pessoa, mostrando o seu umbiguinho, quase que no limite da perdição. Só de ver já nos enche de segundas intenções, mas hoje isso é raridade, são poucas que ainda mantém o corpo saudável. Agora se para as mulheres de corpo não muito atraentes não é nem um pouco legal de ver, imaginem alguns jagunços que também aderiram à moda, poxa vida, falta total de noção. As mulheres podemos até relevar, mas homem com o cofrinho, muitas vezes peludo, mostrando a torto e a direito, ah isso já é demais!!!

Regor Illesac
Enviado por Regor Illesac em 24/08/2010
Código do texto: T2456284
Copyright © 2010. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.