Liberdade

Esther Ribeiro Gomes

‘Liberdade, essa palavra que o sonho humano alimenta,

que não há ninguém que explique e ninguém que não entenda.’

Cecília Meireles

O desejo de liberdade é um sentimento profundamente arraigado no ser humano. Ela significa independência, mas também confere ao indivíduo a responsabilidade sobre suas ações.

É uma rua de mão dupla: os direitos se contrapõem aos deveres.

Somos livres na medida em que não prejudicamos o próximo, ou seja, nosso direito termina onde começa o do outro.

Enfim, liberdade é essencialmente a capacidade de escolha e a responsabilidade pelos resultados.

Deus nos deu o livre-arbítrio, assim podemos escolher qual o caminho a seguir, mas nos tornamos responsáveis pelo que escolhemos.

Disse o poeta que somos eternamente responsáveis por aquilo que cativamos...

No entanto, ser livre não é sair por aí fazendo o que bem quiser, porque não podemos nos eximir das consequências dos nossos atos.

Há pessoas que confundem liberdade com irresponsabilidade, mas isso tem outro nome: anarquia.

Não devemos esquecer que a semeadura é livre, mas a colheita, obrigatória...

A liberdade, direito inalienável do homem, está assegurada em nossa Constituição Federal, no capítulo que trata dos Direitos e Garantias Fundamentais.

Apesar de todas as conquistas em nome da liberdade, o homem moderno está cada vez mais prisioneiro de angústias, medos, culpas, solidão, padrões pré-determinados, doutrinas, dogmas, etc.

Diria que o ser humano está cada vez mais prisioneiro da alma!

Não consegue se libertar de padrões impostos pela mídia, pelo consumismo desenfreado, pelo culto ao corpo perfeito, pelos modismos’, pelo ‘ter’ em detrimento do ‘ser’, pela ‘felicidade’ fabricada e ilusória deste mundo globalizado.

Seria engraçado se não fosse trágico, o homem ter um histórico de lutas pela liberdade e ser prisioneiro de si próprio!

O ser humano está cada vez mais egoísta, cada vez mais enclausurado dentro de si mesmo e mais infeliz.

Conseguirá se libertar se aprender a cultivar o espírito e buscar autoconhecimento, porque a verdadeira liberdade repousa na paz da consciência tranquila.

Quando deixar de lado o individualismo e praticar o amor solidário se aproximando de Deus, colherá da liberdade conquistada, frutos de paz e felicidade!

Esther Ribeiro Gomes
Enviado por Esther Ribeiro Gomes em 29/08/2010
Reeditado em 11/09/2010
Código do texto: T2466691