Porque odeio viagens de avião...

No aeroporto:

Geralmente, encima da hora, com o coração nas mãos e as pernas tremendo, conseguimos chegar beirando a solicitada: “1 hora de antecedência”.

Check-in

Mostramos tudo! Passaporte, passagens, deixamos as malas...

Passamos pela primeira inspeção de segurança, já com os pequenos líquidos de até 100 ml devidamente embalados no saquinho plástico.

Viagem internacional? Mais uma inspeção criteriosa pela polícia federal, e novamente: Passaporte e documentos!

Na esteira de verificação anti-drogas e terrorismo, tira-se cinto, lenço, acessórios, às vezes quando o alarme insiste em acusá-lo de qualquer coisa que você jura não ter, os sapatos também devem sair dos pés!

Tudo certo: Sala de espera numa demora infinita. Antes de entrar no avião, mais uma bendita vez: Passaporte e passagens!

No avião

Na entrada do grande pássaro voador, lá estão os atrapalhados com as bagagens de mão sem saber o que fazer com as mesmas, parando a fila, deixando as pequenas porcarias no meio do corredor, impedindo a passagem. Com frequência, estão os folgados que usam mais espaço que devem, deixando outros passageiros sem espaço.

Já na entrada, cheiro de suor e sovaco.

Depois da decolagem, acaba-se qualquer emoção, a espera é interminável dentro do monstro que só se move quando há turbulência.

Não há posição pra dormir, reclino a poltrona os 2 cm que me é de direito e parece que tudo continua igual, com exceção do cheiro de urina do banheiro próximo.

A TV da poltrona não funciona, um bebe chora à frente, crianças brigam atrás, alguém entra em panico ao lado de um jovem gordo que ocupa 1 poltrona e 1/2, e desculpem se ofendo algum leitor, mas obesidade num mundo onde pessoas morrem de fome, deveria ser considerado crime!

A comissária passa direto com o carrinho de comida industrializada e o suco de tomate, fico nervosa, sempre tenho mais fome que de costume em aviões, deve ser pelo aborrecimento de não fazer nada, pelo menos comendo, me distraio.

Quando finalmente consigo dormir, a temperatura congelante me desperta, as meias e o casaco que levo não são suficientes. Sinto a bexiga cheia , levanto sonolenta e ainda tenho que praticar malabarismo para fazer xixi, sem encostar no assento sanitário do veículo que não se move quase nunca, somente, quando estou no banheiro!!!!!

Depois das horas que se multiplicam várias vezes do tempo real, a aterrissagem!

Espera para sair, e uma vez no aeroporto, começa tudo de novo...

(Sem dizer que aquele vai, ainda precisa voltar!!!)