Nem um pouco perdidos - Uma crônica sobre o seriado Lost e sua importância

Aqui estou eu, deitado em minha cama. O tempo passou de seis anos atrás para cá, e como passou. Foram tantos acontecimentos, tantas mudanças. Fui dos 14 aos 20 sem nem perceber, e percebendo tudo. Hoje, ao ver o último episódio do meu seriado favorito, vejo como fui tolo, como somos tolos. Muitos queriam ver explicações no final do seriado, inclusive eu, mas o que recebemos não foi a solução do mistério, foi algo muito maior. Utilizamos nosso tempo em querer responder a cada pergunta, e nos frustra não encontrar o que procuramos; somos de fato tolos. O que aprendi hoje vai além da lógica racional que nos gabamos em possuir. Não importa qual a dificuldade, o mistério, o problema que enfrentamos, realmente, não importa. O que devemos ter em mente é que o essencial é nunca parar, sempre indo, um passo frente a outro, deixando as coisas acontecerem, tomarem seu devido rumo. É com lágrimas nos olhos que percebo mais uma vez a importância daqueles que dividem esses momentos com a gente, aqueles que chamamos de amigos, aqueles que estarão lá, para nos lembrar e ajudar a esquecer. E deitado da minha cama, eu agradeço por esses 6 anos de Lost, de vida, de amigos, de amores, de desejos e conquistas, de luta. Vamos nos desapegar da idéia de querer sempre as soluções, e vamos seguir em frente. Com toda a minha certeza concordo, que a parte mais importante da minha vida são os momentos que passo com aqueles que amo. E o caminho que nos espera? Isso vamos descobrir mais à frente.