DANÇA AO VENTO

Já havia anos ele caminhava sem destino, um saco sujo nos ombros a barba branca e comprida.

Os caminhões passavam como estrelas cadentes ao seu lado. Em cada estrada uma historia em cada abrigo uma enxurrada de lagrimas.

Alimentava-se pouco quando alguém lhe dava, agradecia e seguia seu caminho.

Procurava não se lembrar do passado, apenas sentia o cheiro da estrada e seu próprio odor.

Era verdade que fora alguém, mas optou por não mais se-lo. Pediu carona mas nenhum caminhoneiro parava. Pensou em sua cidade nos momentos de glorias nos gols marcados na seleção na copa em que foi artilheiro e no gol que perdeu na final. Quando chegou em sua cidade, cansado e machucado e sem o troféu foi ameaçado ate de morte, seus filhos tinham-lhe vergonha sua mulher fugiu com o seu reserva de time, saiu de madruga para não ser barbarizado e perdeu o rumo da estrada, é a vida é sempre assim quando para alguns se perde o gol da vitoria no pais do futebol