Reflexões do dia-a-dia.

Existe um ditado que diz que aprendemos, vivendo. Nesta minha vidinha ainda nem tão longa, tampouco curta, aprendi várias coisas. Algumas sem grande valor aparente, outras muito importantes.

Costumamos nos irritar com certas coisas ou pessoas. Dizemos que “isso me incomoda”. Nada nos incomoda. NÒS nos incomodamos com as coisas, ou pessoas.

Como não possuímos o poder de modificar os outros, as coisas, provavelmente tenhamos que nós nos modificarmos. Mudar nosso olhar sobre aquilo com que nos deixamos perturbar. Mudar o enfoque, passar da crítica para a autocrítica, quem sabe.

Depois que apreendemos, que realmente começamos a absorver o que aprendemos, passaremos a compreender que somente nos afeta aquilo que permitimos. Não podemos esperar de ninguém, mais do que estamos dispostos a dar.

Não costumamos nos disponibilizar muito. Tememos o abuso, o cerceamento que muitos compromissos nos trazem.

É necessário compreendermos que para viver bem, não é necessário acolher tudo que nos é proposto. O discernimento nos é dado para escolher. É necessário aprendermos a impor limites. A nós mesmos e aos outros.

Temos que aprender a caminhar conforme nossas escolhas, apesar do julgamento que os outros fazem a nosso respeito.

Quando falamos que cada um faz suas escolhas, escondemos certa crítica quanto às escolhas dos outros, porque ainda pensamos que todos deveriam pensar como nós.

A busca do equilíbrio custa muito esforço e autocrítica. Não é necessário negarmo-nos a cooperação, também não devemos anuir com tudo.

Quando tivermos aprendido a nos amar, estaremos aptos a amar o próximo. E só estaremos aptos a amar o próximo, quando ele tiver para nós, a mesma importância que nós mesmos.

Passamos muito tempo pensando que o mundo está em desacordo, mas dizem que se muitos pensam de certa maneira, diferente da nossa, provavelmente nós é que tenhamos que nos adaptar ao mundo.

Nossas aflições são as de todos, só que nem todos as expressam. Por isso vemos tanta gente angustiada, aparentando uma fortaleza invejável e, um dia desmoronam por terem esgotado suas expectativas em diretrizes falsas.

O segredo, penso, está em assumirmo-nos com nossas incertezas e aprendermos a nos respeitar e nos fazer respeitar. 07/09/2010